Curadoria da Bienal faz reunião com grupo de pichadores

Curadoria da Bienal faz reunião com grupo de pichadores

Fonte: Atualizado: sábado, 31 de maio de 2014 às 10:12

Curadores da Bienal de São Paulo se reuniram ontem com membros do Pixação SP, grupo de pichadores convidados para integrar a mostra, para perguntar se também partiu deles o ataque à instalação do artista Kboco e do arquiteto Roberto Loeb, descoberta anteontem à noite.

No último sábado, quando a 29ª Bienal foi aberta ao público no Ibirapuera, Djan Ivson, do grupo Pixação SP, invadiu o viveiro de urubus montado pelo artista Nuno Ramos e pichou a frase "liberte os urubu" numa das estruturas de areia que sustentam os pássaros.

Em entrevista depois da reunião, Ivson negou ter participado do ataque à obra de Kboco e Loeb, que teve a inscrição "invasor" pichada em duas de suas faces. A instalação fica do lado de fora do pavilhão da Bienal. "Foi uma reunião para esclarecer alguns pontos", disse Ivson. "A curadoria estava com medo de a gente pichar tudo por aí por causa da repressão que nós sofremos."

Segundo Ivson, o autor do segundo ataque é um pichador de Osasco, na Grande SP, conhecido como Invasor.

Ivson afirmou que esse mesmo pichador tentara participar do ataque à Bienal ocorrido há dois anos, quando invasores fizeram inscrições em paredes do andar deixado vazio por curadores. Ele ficou de fora, segundo Ivson, estar usando chinelos.

"Não foi nenhum membro do pessoal que está participando da Bienal", disse Moacir dos Anjos, curador-geral da mostra. "Chegamos a averiguar, mas eles desconhecem, não assumem, não foi ninguém do círculo deles."

SEGURANÇA

No dia seguinte à descoberta da pichação do terreiro "Dito, Não Dito, Interdito", nada foi feito com relação à obra, que permanece com as inscrições do pichador.

Também não houve mudanças no esquema de segurança do pavilhão. A Folha visitou o local ontem à noite e constatou a ausência de seguranças em torno da obra.

"É um risco que a gente corre colocando a obra no meio do parque [Ibirapuera]", disse Dos Anjos.

"O que houve foi um momento de confusão naquele dia [sábado] que desmobilizou e prejudicou o esquema de segurança na Bienal, mas não queremos supervalorizar o ocorrido."

Kboco e Loeb, autores da obra, ainda não decidiram se vão restaurar a peça. "Estou pensando em coisa maior agora", disse Kboco. "Não vou parar agora para pensar numa coisa pequena assim."

Em nota divulgada ontem, a Bienal afirmou que os atos de vandalismo cometidos contra as obras de Nuno Ramos, Kboco e Roberto Loeb "atingem não apenas os artistas, mas também a sociedade brasileira".

Curadores da Bienal de São Paulo se reuniram ontem com membros do Pixação SP, grupo de pichadores convidados para integrar a mostra, para perguntar se também partiu deles o ataque à instalação do artista Kboco e do arquiteto Roberto Loeb, descoberta anteontem à noite.

No último sábado, quando a 29ª Bienal foi aberta ao público no Ibirapuera, Djan Ivson, do grupo Pixação SP, invadiu o viveiro de urubus montado pelo artista Nuno Ramos e pichou a frase "liberte os urubu" numa das estruturas de areia que sustentam os pássaros.

Em entrevista depois da reunião, Ivson negou ter participado do ataque à obra de Kboco e Loeb, que teve a inscrição "invasor" pichada em duas de suas faces. A instalação fica do lado de fora do pavilhão da Bienal. "Foi uma reunião para esclarecer alguns pontos", disse Ivson. "A curadoria estava com medo de a gente pichar tudo por aí por causa da repressão que nós sofremos."

Segundo Ivson, o autor do segundo ataque é um pichador de Osasco, na Grande SP, conhecido como Invasor.

Ivson afirmou que esse mesmo pichador tentara participar do ataque à Bienal ocorrido há dois anos, quando invasores fizeram inscrições em paredes do andar deixado vazio por curadores. Ele ficou de fora, segundo Ivson, estar usando chinelos.

"Não foi nenhum membro do pessoal que está participando da Bienal", disse Moacir dos Anjos, curador-geral da mostra. "Chegamos a averiguar, mas eles desconhecem, não assumem, não foi ninguém do círculo deles."

SEGURANÇA

No dia seguinte à descoberta da pichação do terreiro "Dito, Não Dito, Interdito", nada foi feito com relação à obra, que permanece com as inscrições do pichador.

Também não houve mudanças no esquema de segurança do pavilhão. A Folha visitou o local ontem à noite e constatou a ausência de seguranças em torno da obra.

"É um risco que a gente corre colocando a obra no meio do parque [Ibirapuera]", disse Dos Anjos.

"O que houve foi um momento de confusão naquele dia [sábado] que desmobilizou e prejudicou o esquema de segurança na Bienal, mas não queremos supervalorizar o ocorrido."

Kboco e Loeb, autores da obra, ainda não decidiram se vão restaurar a peça. "Estou pensando em coisa maior agora", disse Kboco. "Não vou parar agora para pensar numa coisa pequena assim."

Em nota divulgada ontem, a Bienal afirmou que os atos de vandalismo cometidos contra as obras de Nuno Ramos, Kboco e Roberto Loeb "atingem não apenas os artistas, mas também a sociedade brasileira".

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