3,6% dos curitibanos vivem com menos de R$150
por mês, de acordo com FGV
(Foto: Reprodução/TV Integração) De 2004 a 2009, Curitiba reduziu a pobreza em 65% e a desigualdade social em quase 11%. Os dados são de uma pesquisa realizada e divulgada pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). Com estes números, a cidade foi a que mais reduziu a pobreza no país, quando comparada com outros municípios do mesmo tamanho. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 1.678.965 pessoas vivem na capital paranaense.
A fórmula para o bom resultado está, na avaliação do economista Marcelo Neri, chefe de políticas sociais da FGV, na combinação da redução da desigualdade - que foi mais forte do que a nacional com o crescimento da renda da população. De acordo com a pesquisa, enquanto o poder aquisitivo do brasileiro aumentou 32%, o do curitibano cresceu 47%. A nova classe média é composta por pessoas com carteira de trabalho e que ascenderam socialmente com características associadas à pobreza, como a baixa escolaridade. O prêmio de qualificação aqui em Curitiba está caindo, afirmou o economista. Marcelo Neri complementou dizendo que ainda que as pessoas com níveis mais altos de escolaridade ganhem mais, o que se percebe é que a renda entre os menos escolarizados cresceu o dobro.
Aumentou a escolaridade da população, mais gente tem muita educação e pouca gente tem pouca educação e, com isso, o salário de quem tem pouca educação aumentou, explicou o economista.
Segundo a pesquisa, a renda por pessoa das famílias pobres em Curitiba está abaixo dos R$ 150 por mês. Neri informou que 3,6% da população da capital paranaense vivem nesta situação. Ele afirmou ainda que, conforme mostrou o levantamento realizado pela FGV, R$ 3 a mais por curitibano são o suficiente para levar toda a população para cima a linha da miséria.
E não a linha da miséria federal que é R$ 70, é R$ 150, acrescentou Neri. Para ele, Curitiba começa a enxergar no horizonte essa utopia do fim da pobreza.
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