Os advogados de defesa do médico Roger Abdelmassih entraram com uma petição no Supremo Tribunal Federal (STF) pedindo a retenção do passaporte dele, como forma de contestar a decisão da Justiça paulista, que pediu a prisão do médico nesta quinta-feira (6). No documento, protocolado na própria quinta, a defesa alega que Abdelmassih agiu de boa-fé e apenas exercia seu direito quando requereu a renovação de seu passaporte.
A 16ª Vara Criminal atendeu a um pedido de prisão feito por promotores do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), que desconfiaram de uma possível fuga quando ele tentou renovar o passaporte. A Polícia Federal de São Paulo informou que o requerimento foi feito na semana antes do Natal. Abdelmassih, especialista em reprodução assistida, foi condenado a 278 anos de prisão por estuprar pacientes. Mesmo com a condenação, ele está solto graças a um habeas corpus do STF em dezembro de 2009.
Até as 14h45 desta sexta-feira (7), a Secretaria de Segurança Pública não tinha informações sobre a prisão do médico. Policiais civis da Divisão de Capturas e da 1ª Seccional (Centro) fazem diligências para encontrar o foragido. A secretaria informou, no entanto, que qualquer policial que encontrar Abdelmassih pode prendê-lo.
Na petição, segundo o STF, os advogados do médico explicaram que pediram a retenção do documento de viagem para evitar celeumas e alegar que, ao contrário do alegado no pedido de prisão preventiva, o paciente (denominação para o médico) agiu de boa-fé e apenas exercia seu direito quando requereu a renovação de seu passaporte.
Por fim, os defensores de Abdelmassih dizem na petição que o cliente abriu mão do seu direito de obtenção do documento de viagem. O G1 procurou a defesa do médico. Em comunicado, repassado pela secretária do escritório, ela comunicou que a defesa do doutor Roger está preparando as peças cabíveis para defender os direitos de seu cliente.
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