Delegado não vê indício de falha humana em acidente de avião

Delegado não vê indício de falha humana em acidente de avião

Fonte: Atualizado: sábado, 31 de maio de 2014 às 09:42

Destroços de avião foram encontrados entre os municípios de São Pedro e Águas de São Pedro (Foto: Divulgação Polícia Militar)

  O delegado Wilson Sabino da Silva, titular da delegacia de São Pedro, no interior de São Paulo, disse nesta quarta-feira (18) que, inicialmente, não há indício de que a queda do avião que levava quatro pessoas tenha algum responsável. O acidente aconteceu em uma área de mata da cidade na noite de segunda-feira (16).

As vítimas faziam uma aula de voo noturno, que é uma das últimas do curso de pilotagem. A aeronave saiu do Aeroclube de Piracicaba em direção a São José do Rio Preto às 21h de segunda e deveria voltar a Piracicaba às 23h, horário em que o piloto fez o último contato. Os destroços e os corpos das vítimas foram encontrados apenas na tarde de terça (17).   “Por enquanto não há indício nenhum de que tenha sido falha humana ou falha técnica”, afirmou o delegado nesta tarde. Silva informou que pretende instaurar na quinta (19) um inquérito sobre o caso. Por enquanto, o delegado aguarda os trabalhos dos oficiais do Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos IV (Seripa IV) – que foram até o local da queda nesta manhã, levados pela Força Aérea Brasileira (FAB) – e da perícia criminal civil.

“Em um caso como este nós não podemos nos precipitar. Quero primeiro conversar com o Seripa e com o perito para depois ver quem poderá ser ouvido. Vamos trabalhar muito com provas técnicas, pois não há testemunhas nem sobreviventes. Mas isso não descarta a oitiva de parentes, de responsáveis pelo aeroclube”, disse.

O desejo de ouvir os oficiais e o perito se dá devido ao prazo para a finalização dos laudos que poderão apontar dados importantes para a investigação – no caso do Seripa, de 90 dias. O delegado também informou que, se necessário, irá a São Paulo para conversar com os oficiais da Aeronáutica. Por enquanto, nenhum depoimento formal foi realizado.

Difícil acesso

O policial informou que acionou o Instituto de Criminalista ainda na terça. Entretanto, como o acesso à área do acidente é muito difícil, o perito se prontificou a ir ao local nesta quarta. “Ontem [terça] fomos de carro até um ponto, andamos 3 km na mata e não conseguimos chegar.”

A área foi encontrada pelo grupamento aéreo da Polícia Militar – as copas quebradas de duas árvores chamaram a atenção da equipe que sobrevoava de helicóptero. Ao se aproximarem, os policiais viram parte da asa da aeronave. A FAB foi acionada para auxiliar nos trabalhos de resgate dos corpos, que foram feitos também de helicóptero.

Estavam no avião o piloto instrutor Job de Oliveira, de 36 anos, e três alunos – Jean Carlos Capelin, de 30 anos, que morava em São José do Rio Preto, interior do estado; Rodrigo Matos Gomes, de 27 anos, de Recife, Pernambuco; e Diego Pereira da Costa, de 25 anos, de Taguatinga, no Distrito Federal.        

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