A antecipação da campanha eleitoral tem exigido cada vez maior exposição dos pré-candidatos à presidência, que vêm sendo cobrados por setores e corporações a assumir posições sobre temas de interesse desses grupos. Depois da sabatina promovida pelos prefeitos da Confederação Nacional dos Municípios, os próximos a colocarem suas questões aos presidenciáveis serão os industriais da Confederação Nacional da Indústria, que promove uma sabatina, também em Brasília, na próxima terça-feira.
Hoje mesmo, o presidente da CNI apresentará, ainda pela manhã, o documento ''Agenda para Crescer Mais e Melhor'' - que servirá de base para as exposições dos pré-candidatos.
O evento promete ser o primeiro embate - ainda que indireto - entre Dilma e Serra envolvendo temas essencialmente relacionados à economia e à produção. Ambos são considerados ''desenvolvimentistas'', mas deverão tentar se diferenciar perante os pesos-pesados do setor produtivo. E principalmente terão de encontrar discurso para a cobrança em torno da redução da carga tributária. Neste caso, os dois pré-candidatos têm telhado de vidro: Serra, por ter integrado o governo FHC, considerado recordista no peso da cunha fiscal, e Dilma, por defender políticas cada vez mais estatizantes, que demandam alta arrecadação.
Marina Silva, como sempre, corre por fora e terá de desenvolver um discurso minimamente convincente em torno do dilema crescimento-preservação. No seu caso, será, antes de mais nada, outra oportunidade de dar visibilidade à causa ambiental.
Por Christina Lemos
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