O óleo das fritas vira sabão; da garrafa de refrigerante surgem vassouras, varais, roupas e objetos decorativos; o papel se transforma em utensílios de cozinha; a roupa velha, uma colcha de retalhos; e o alumínio tem vida eterna no ciclo da reciclagem.
Separar os materiais recicláveis dos não recicláveis, além de ser bom para a economia, é bom para o planeta. Uma parte do lixo doméstico ou empresarial pode ser reaproveitada, deixando de ser uma fonte de degradação para o meio ambiente e tornando-se uma solução econômica e social, passando a gerar lucros.
No Brasil, que tem sido exemplo mundial na reciclagem de latinhas de alumínio, cooperativas de catadores geram salários que chegam a R$ 700,00.
Reciclar é mais barato do que usar o minério bruto e também para produzir papel, plástico e vidro.
Como separar o seu lixo?
O primeiro passo é não misturar o lixo úmido com o seco. Produtos tóxicos como pilhas e baterias também não podem se misturar ao lixo comum. Lojas de eletrônicos e talvez a empresa onde você trabalha podem cuidar delas para você.
O lixo seco deve ser separado por tipo: papel, papelão, plástico, vidro, metal. Parte do lixo orgânico da cozinha pode ser aproveitada. Talos e cascas de frutas e verduras rendem deliciosas receitas nutritivas e econômicas, como as divulgadas pelo Sesi - Serviço Social da Indústria, além dos produtos a partir do óleo.
Um alerta: nem pense em guardar a frigideira com óleo usado dentro do forno para reaproveitar na próxima porção de fritas. Há riscos de contaminação alimentar! Mas, como ninguém é de ferro, a melhor forma de dar um destino àquela gordura que ficou na frigideira é descartando-a em uma garrafa de plástico (de refrigerante ou água). Faça isso com o óleo frio e com o auxílio de um funil e uma peneira.
Todo o trabalho de selecionar o lixo será em vão se o caminhão comum apanhá-lo para triturar junto com o lixo do seu bairro. Se artesanato está fora de cogitação, doe para quem faz esse tipo de serviço. Seja caprichoso e lave os vidros, latas, garrafas e embalagens antes que os resíduos endureçam.
As soluções exigem esforços coletivos, que começam em casa e continuam na comunidade. Algumas prefeituras e associações comunitárias têm criado programas de coleta seletiva e cooperativas de catadores.
Informe-se em sua prefeitura sobre os dias em que passa o caminhão da coleta seletiva e pontos de coleta em supermercados e ONGs.
Se o serviço não existe em seu bairro, que tal sugerir uma campanha com os vizinhos e conseguir caçambas de lixo junto à prefeitura?
As escolas da região podem promover campanhas e coletar itens recicláveis para reverter o dinheiro da venda em material escolar ou equipamentos. A solução que a escola adventista na região Sul de São Paulo encontrou para dar um destino ao óleo de cozinha, é transformar a foi transformar as unidades em postos de coleta e aproveitar as aulas de química e biologia para ensinar a garotada a fazer sabão. Algumas unidades arrecadaram PET e papel, que foram doados para a ONG Amigos do Meio Ambiente.
Sete eco atitudes para você adotar
1. Participe de movimentos pela proteção do meio ambiente e pela defesa do consumidor;
2. Pesquise e não compre produtos das fábricas poluidoras ou que desperdiçam recursos;
3. Procure produtos biodegradáveis e ecologicamente corretos sempre que possível;
4. Mude alguns hábitos de consumo: leve sua própria sacola para as compras;
5. Recicle os itens que seriam dispensados, aumentando sua vida útil em outros usos;
6. Doe o que não tiver interesse - alguém pode reciclar ou reutilizar em seu lugar;
7. Nunca jogue lixo no chão. Leve um saco em sua bolsa e guarde até achar lixeira.
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