Na Região Metropolitana de São Paulo, pedestres e motoristas ficaram presos em alagamentos por causa da chuva forte que atingiu o Grande ABC nesta terça-feira (18). A água invadiu rapidamente a Avenida dos Estados, uma das principais de Santo André, e logo o asfalto desapareceu. Não dava para identificar onde estava o rio. A correnteza foi arrastando tudo pela frente, como a geladeira e vários carros.
Faltou pouco para um dos veículos ser totalmente encoberto. Motoristas e passageiros de um ônibus coletivo viveram momentos de pavor. A água não parava de subir. Comerciantes tentaram ajudar com uma corda, mas não conseguir chegar até os carros ilhados. O resgate só foi possível pelo alto, com o helicóptero da Polícia Militar equipado com uma cesta. Por causa do vento forte, o policial teve muita dificuldade para retirar os motoristas.
Desespero, a água vai subindo, vai subindo e começa a transbordar tudo no carro. As pessoas do outro lado estavam tentando ajudar, mas não estava dando certo. Ainda bem que o pessoal da polícia conseguiu vir com o helicóptero, senão sabe-se lá o que ia acontecer, disse Caio, um dos resgatados.
Em São Caetano do Sul, também no ABC, a água não tinha escoado quando anoiteceu. Uma árvore de grande porte caiu e bloqueou o trânsito. Só dava para passar com o carro pela calçada. Bairros de Santo André e São Bernardo do Campo ficaram sem energia. Em uma das principais ruas da região Central de Santo André, que foi bastante atingida pelas chuvas, depois que a água baixou os carros ficaram espalhados pela via. Um veículo foi parar na calçada, enquanto que outros dois ficaram amontoados.
A chuva forte também atrapalhou quem voltava para casa com transporte público. Houve alagamentos em linhas de trem e metrô. Alguns passageiros decidiram atravessar a cidade a pé. Estamos andado há uma hora e dez minutos. Está tudo quebrado, sem energia elétrica, os carros quebraram, motor pifou. Não tem como, disse o rapaz que caminhava pela rua escura.
Em Sapopemba, na Zona Leste de São Paulo, dois ônibus foram queimados. Os moradores dizem que estão cansados dos alagamentos. Em Mauá, cidade do ABC, uma mulher morreu afogada dentro de casa. O soterramento aconteceu numa área de risco onde outras quatro pessoas já morreram este mês.
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