Dilma evita comentar crise no PSDB e diz que não vai sentar na cadeira antes da hora

Dilma evita comentar crise no PSDB e diz que não vai sentar na cadeira antes da hora

Fonte: Atualizado: sábado, 29 de março de 2014 às 03:23

Com uma hora de atraso, Dilma Rousseff (PT) participou na manhã deste domingo, em Salvador, da convenção que oficializou a candidatura do governador Jaques Wagner (PT) à reeleição. Na chegada, a candidata à Presidência não quis responder às perguntas sobre a crise envolvendo a definição do vice na chapa adversária de José Serra (PSDB).

"Não é correto me manifestar sobre problemas das outras candidaturas. Cada campanha tem suas características. A minha é uma aliança", se limitou à dizer diante da pergunta sobre como avalia a possibilidade de chapa puro-sangue no PSDB nacional.

Apesar da recusa, integrantes da campanha petista presentes ao encontro comemoravam reservadamente as divergências públicas entre DEM e PSDB para a definição do vice de Serra.

Uma semana depois de participar da convenção de Geddel Vieira Lima (PMDB), adversário de Wagner na Bahia, Dilma também evitou declarar em quem recomenda o voto no Estado.

Ao lado dela, o governador do PT exibia aos cinegrafistas e fotógrafos, nesse instante, uma camisa com os nomes dele e de Dilma bordados ao lado do número 13, o número do PT.

Sobre a liderança na pesquisa Ibope divulgada na quarta-feira - ela aparece cinco pontos percentuais à frente de Serra -, Dilma voltou a dizer que não subirá em "salto alto" nem sentará na cadeira antes da hora, referência à disputa em que o tucano Fernando Henrique Cardoso foi fotografado na cadeira de prefeito de São Paulo, em 1985. Ele, entretanto, acabou perdendo as eleições para Jânio Quadros.

"Quem sentou na cadeira antes, perdeu a eleição. Tiveram até que desinfetar a cadeira", disse Dilma.

A candidata do PT também voltou a dizer que aqueles que dizem que ela vem sendo uma marionete do presidente Lula têm uma avaliação machista. "Já fui acusada de ser uma mulher forte mandando em um governo de homens. Agora, acontece o contrário. (...) Em uma ocasião é forte demais. Em outra, frágil demais. Não sou nem uma coisa nem outra, sou como qualquer outra mulher", disse.

O encontro do PT baiano reuniu cerca de 3.000 pessoas no centro de convenções de Salvador. Por volta das 13h, os candidatos presentes começaram a fazer os discursos. Em entrevista à imprensa, antes, o candidato ao Senado Walter Pinheiro (PT) afirmou que a sociedade do Estado saberá distinguir, entre Wagner e Geddel, quem tem "o verdadeiro DNA petista".

Por Ranier Bragon

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