Dilma nega críticas sobre custeio de energia para baixa renda

Dilma nega críticas sobre custeio de energia para baixa renda

Fonte: Atualizado: sábado, 31 de maio de 2014 às 10:14

A candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, rebateu neste domingo (5) críticas sobre falhas no cálculo da tarifa social de energia, criada no governo Fernando Henrique Cardoso. Reportagem publica na edição deste domingo do jornal “Folha de S.Paulo” indica que esses erros teriam provocado gastos indevidos de um fundo de consumidores de todo o País.

Segundo a reportagem, o desperdício teria sido apontado pelo Tribunal de Contas da União (TCU) e teria resultado em gasto inadequado de R$ 2 bilhões, entre 2002 e 2007. Desse valor, R$ 989 milhões teriam sido desperdiçados na época em que Dilma era ministra de Minas e Energia, de 2003 a 2005. Dilma negou que os avisos do TCU sobre o problema tenham sido ignorados e disse que o TCU pedia soluções que foram buscadas pelo governo. Segundo a candidata petista, problemas de cadastro das famílias de baixa renda foram os motivos da distorção.

“Nosso problema no que se refere ao enquadramento da baixa renda sempre foi cadastro. Para cadastrar nós precisávamos das prefeituras. Até o hoje o cadastro do Bolsa Família apresenta algumas dificuldades, mas já melhorou excepcionalmente. O problema é o fato de que o Brasil não tenha um cadastro único de programas sociais”, disse a candidata petista.

A reportagem afirma ainda que a chamada tarifa social é custeada por um fundo que remunera as distribuidoras pelas famílias consideradas de baixa renda, que gastam até 80 kWh por mês. Dilma comentou ainda a informação do jornal de que poucos consumidores que gastavam essa quantidade de energia seriam de baixa renda.

“A matéria que escreve que o governo decidiu isentar quem consome até 80 kWh está errada foi a lei que mandou. Lei um governo não discute cumpre. Particularmente, sempre achei essa lei errada, porque é possível você supor que tem gente que não é baixa renda e que consome até 80 kWh/mês ”, afirmou a candidata.

Alianças

Durante a entrevista para a imprensa, Dilma evitou comentar sobre um possível constrangimento de sua parte por ser apoiada pelo senador Fernando Collor (PTB), que concorre ao governo de Alagoas. A petista avaliou como “mecanismo escuso” o fato de adversários usarem o apoio de Collor para criticá-la.

“Não tenho a mesma posição histórica do presidente Collor. Se ele quiser apoiar minha candidatura é uma questão de liberdade democrática. Posições éticas eu compartilho com as minhas. Tenho vários apoios lá [em Alagoas], inclusive do Ronaldo Lessa [candidato do PDT ao governo local]”, afirmou Dilma.

Postado por: Thatiane de Souza

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