Em seu primeiro dia de compromissos oficiais na viagem que faz à França nesta semana, a presidente Dilma Rousseff teve se reunir nesta quarta-feira (2) com o presidente da China, Hu Jintao. O encontro bilateral ocorrerá à tarde, por volta das 13h (horário de Brasília), na cidade de Cannes, que sedia o 6ª Cúpula do G20, grupo dos países com as maiores economias do mundo.
A China hoje é o maior parceiro comercial do Brasil, à frente dos Estados Unidos. Segundo dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, as trocas com os chineses chegaram a US$ 56 bilhões em 2010, com crescimento de 52,7% em relação a 2009. O saldo foi favorável ao Brasil em mais de US$ 5 bilhões.
Dilma cumprimenta o presidente da China, Hu Jintao, em abril, após cerimônia no Grande Palácio do Povo, em Pequim (Foto: Roberto Stuckert Filho/PR) A reunião poderá contar também com a participação dos ministros de Relações Exteriores, Antonio Patriota, e da Fazenda, Guido Mantega, que acompanham a presidente na viagem. O Itamaraty não adiantou os assuntos da conversa. O último encontro entre os dois ocorreu na visita oficial que Dilma fez à China, em abril.
Ainda nesta quarta, antes da reunião com o presidente chinês, a presidente deve se encontrar com a primeira-ministra da Austrália, Julia Gillard, e com o diretor-geral da Organização Internacional do Trabalho (OIT), Juan Somavía.
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Em Cannes, a agenda do encontro do G20 começa oficialmente nesta quinta-feira (3), com cerimônia, almoço, jantar e sessões de trabalho. Nas reuniões entre chefes de Estado, a crise financeira, enfrentada principalmente por países da zona do euro, deve dominar os diálogos.
Em suas manifestações sobre o assunto, a presidente Dilma tem reiterado a necessidade de decisões políticas em prol do investimento produtivo, de forma a alavancar o consumo e o emprego.
"A posição que o Brasil levará a Cannes é que o G20 deve agir, propondo tanto medidas financeiras emergenciais como também um plano de sustentação do investimento e do emprego", disse a presidente a empresários brasileiros na última segunda (31).
Ajuda
Uma das medidas em discussão para evitar uma recessão global, porém, é o aporte financeiro para a Europa. Nas últimas semanas autoridades brasileiras e europeias têm se manifestado sobre uma eventual ajuda que países emergentes, como Brasil e China, poderiam dar ao Fundo Europeu de Estabilização Financeira, criado para sanear as contas de países altamente endividados, como a Grécia.
O fundo conta com 440 milhões (R$ 1,05 bilhão), mas os europeus esperam aportes para quem aumente para além de 1 bilhão (R$ 2,38 bilhões).
No início de outubro, antes do anúncio do fundo de estabilização, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, não descartou ajuda , mas disse que a "melhor maneira seria por meio de repasses ao Fundo Monetário Internacional (FMI). Na mesma ocasião, disse que, num cenário de crise global, o "maior perigo" para o Brasil, seria uma recessão da China.
Depois, no final de outubro, Mantega disse que o aumento do fundo de estabilização era "uma boa proposta", mas expressou preocupação com o tempo para implementação das medidas de ajuste fiscal. Renan Ramalho Do G1, em Brasília
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