Disque-Denúncia oferece 2 mil por pistas sobre máfia das indenizações

Disque-Denúncia oferece 2 mil por pistas sobre máfia das indenizações

Fonte: Atualizado: sábado, 31 de maio de 2014 às 09:20

O Disque-Denúncia anunciou uma recompensa de R$ 2 mil para quem tiver informações que levem à prisão de dois advogados suspeitos de cometer fraudes para ganhar ações na Justiça. Em dois anos, o esquema desviou R$ 10 milhões com indenizações.

Eles são suspeitos de falsificar procurações de pessoas que tinham o nome sujo. Segundo a polícia, eles recorriam à Justiça para cobrar indenizações de lojas e bancos, alegando danos morais, sem que os verdadeiros beneficiários soubessem.

O telefone do Disque-Denúncia é 2253-1177.

Advogadas presas no sábado

No sábado (19), duas advogadas foram presas acusadas de participar da quadrilha que fraudava ações indenizatórias. De acordo com a Polícia Civil, o grupo era formado por mais de 20 advogados, que falsificavam procurações sem o conhecimento das vítimas.

A prisão das advogadas foi realizada por policiais da 1ª DP (Praça Mauá), durante a "Operação em Causa Própria", criada para desarticular a quadrilha. Segundo o delegado-adjunto Aldrin Rocha, os advogados procuravam nomes de pessoas que estavam no SPC e Serasa e abriam, sem que elas soubessem, uma ação indenizatória por danos morais, inclusive falsificando procurações.

Durante a operação, sete lugares foram vistoriados por policiais. A polícia ainda procura o chefe da quadrilha e outro advogado.

Documentos

De acordo com o presidente da Amaerj, desembargador Antonio Siqueira, os documentos das vítimas seriam obtidos através de cadastros de programas do governo. Posteriormente, o grupo forjava procurações e ingressava com ações contra estabelecimentos comerciais. De acordo com a investigação, os valores de indenização por processo variavam de R$ 5 mil a R$ 25 mil.

“Eles usavam nomes falsos, CPF falso, endereço falso, mas à vezes, alguns dados eram verdadeiros, o que nos leva a crer o uso de algum banco de dados para obter informações da Justiça, que jamais seriam repassadas às pessoas”, explicou o desembargador.          

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