O deputado Francisco Praciano (PT-AM) foi um dos dois deputados petistas que votaram pela aprovação da emenda de R$ 560, contrariando a orientação do governo e de seu partido.
Segundo ele, a atitude foi para "tentar compensar sua cabeça e seu coração e evitar constrangimento" por causa do aumento de mais de 60% concebido aos deputados e senadores.
No ano passado, os parlamentares reajustaram seus próprios salários de R$ 16,5 mil para R$ 26,7 mil.
O petista diz que ninguém do governo o procurou após a votação e afirmou não acreditar em nenhum tipo de retaliação.
"Como posso entender que um partido dos trabalhadores retalie um parlamentar que em determinado momento tentou dar um aumento de R$ 0,50 por dia para o trabalhador?", questionou.
Praciano negou ainda temer por cortes em suas emendas parlamentares. "Não faço política com emendas e nem com cargos."
Sobre a cena política "inusitada" de ver deputados de seu partido vaiados por centrais sindicais e os da oposição aplaudidos, disse que essa "pressão é natural e faz parte do jogo".
Na próxima batalha para a presidente Dilma Rousseff na Câmara, Praciano deve seguir a mesma linha. Disse que quer um reajuste maior na tabela do Imposto de Renda do que os cerca de 4,5% defendidos pelo governo.
Francisco Praciano e Eudes Xavier (PT-CE) foram os únicos deputados petistas que votaram contra os R$ 545, valor que foi mantido pela Câmara na noite de ontem.
O PMDB, principal aliado do PT, votou 100% com o governo.
Por Maria Clara Cabral
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