Dono de consultoria, Pimentel não vê conflito de interesses ao manter empresa

Dono de consultoria, Pimentel não vê conflito de interesses ao manter empresa

Fonte: Atualizado: sábado, 31 de maio de 2014 às 09:42

BELO HORIZONTE - O ministro do Desenvolvimento, Fernando Pimentel, afirmou nesta quarta-feira, 18, que não vê conflito de interesse entre manutenção de sua empresa de consultoria e a atividade no Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. Pimentel argumentou que a P21-Consultoria e Projetos Ltda., com sede em Belo Horizonte, está "praticamente inativa". O ministro disse também que não pensa em alterar o objeto social da empresa.

"Não há motivo para isso, ela não tem contrato com ninguém", afirmou Pimentel, que participou, em Ipatinga (MG), da inauguração da segunda linha de galvanização da Unigal Usiminas.

O ministro é dono de 99% da P21e seu ex-assessor na prefeitura de BH, Otílio Prado, detém 1%. Em dezembro do ano passado houve uma alteração no contrato e Otílio assumiu a gestão da empresa. As participações e o objeto social foram mantidos.

"Ela está ativa, mas eu estou fora da administração dela. E ela não tem mais contrato, então praticamente está inativa. Ela só não está totalmente inativa, porque ainda paga as contribuições do INSS para mim e para o sócio", argumentou Pimentel, para quem não há nenhum problema no fato. De acordo com o ministro, foi a empresa de consultoria que garantiu seu sustento e de sua família no período em que deixou a prefeitura da capital mineira até assumir o Ministério.

"Obviamente que eu não acho errado. Isso é uma atividade normal, uma atividade empresarial como outra qualquer. Nós não podemos vedar às pessoas (o direito) de ganhar a vida no momento em que elas saem da vida pública e vão para a vida privada, senão você teria que impor uma quarentena eterna aos ex-ministros", disse.

Questionado sobre o rendimento da P21 nesse período, Pimentel desconversou. "Foi um rendimento compatível com a atividade dela, não foi nada extraordinário", disse.

O ministro reiterou que a existência da consultoria foi comunicada à Comissão de Ética Pública e tratou a consultoria como um negócio encerrado. "Eu não tenho, eu tinha uma empresa de consultoria que deu sustento a mim e à minha família nos dois anos de intervalo entre a minha saída da prefeitura e o momento em que eu assumi o Ministério", destacou. "Uma atividade perfeitamente legal. Nesses dois anos eu era um cidadão comum, toda a minha prestação de contas foi aprovada, a declaração de rendas é feita normalmente e a comissão de ética do serviço público tem conhecimento disso, não vejo problema nenhum."

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