iG Rio de Janeiro
Denúncia indica que policiais da UPP da Mangueira teriam exigido R$ 3,5 mil de suspeito para não levá-lo para delegacia
Doze policiais mililtares que trabalham na UPP (Unidade de Polícia Pacificadora) do morro da Mangueira, na zona norte do Rio de Janeiro, foram presos administrativamente nesta quarta-feira (27).
Segundo informações da assessoria de imprensa da Coordenadoria de Polícia Pacificadora (CPP), os PMs são suspeitos de exigir R$ 3,5 mil para não levar um suspeito de tráfico para a delegacia.
Familiares da suposto traficante teriam dito que os PMs também teriam apreendido com ele drogas e dois telefones celulares e o material não foi apresentado.
Ao tomar o depoimento dos familiares e da vítima, o comandante da UPP, capitão Leonardo Nogueira, conduziu a ocorrência para a 1ª DPJM (Delegacia de Polícia Judiciária Militar), onde foi realizado registro e determinada a prisão administrativa dos policiais.
Cinco foram reconhecidos pela vítima e para garantir a isenção da investigação, o comando da UPP resolveu afastar outros sete policiais integrantes da mesma equipe.
A prisão administrativa dos PMs tem prazo de 72 horas. Eles já foram retirados do efetivo da UPP e movimentados para a Diretoria Geral de Pessoal (DGP).
O morro da Mangueira está pacificado desde o dia 3 de novembro e conta com 385 PMs, que patrulham também o vizinho morro do Tuiuti.
Este é o terceiro caso em que PMs que trabalham em UPPs são presos por suspeitas de corrupção.
Em fevereiro, a PF (Polícia Federal) revelou que um oficial recebia cerca de R$ 15 mil semanais de traficantes quando comandava a UPP do morro de São Carlos, no Estácio, na região central do Rio. O policial acabou preso.
Em setembro do ano passado, a PM afastou o comando da UPP dos morros do Fallet e Fogueteiro, também na região central da capital. Investigação indicou que PMs da unidade recebiam propinas de traficantes
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