A ministra Eliana Calmon, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), toma posse no cargo de corregedora do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) nesta quarta-feira. A ministra foi nomeada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva para substituir o ministro Gilson Dipp. A posse está marcada para as 18h, no Supremo Tribunal Federal (STF).
A ministra Eliana Calmon é o quarto ministro do STJ a assumir o cargo de corregedor nacional de Justiça, já ocupado pelos ministros Antônio de Pádua Ribeiro, Cesar Rocha e Gilson Dipp. Segundo o STJ, ela chega ao cargo com o objetivo de aprimorar a gestão administrativa do Judiciário. Ela afirma também que desvios de conduta de magistrados não serão tolerados.
Perfil
Eliana Calmon foi a primeira juíza de carreira a chegar a um tribunal superior. Segundo a ministra, considerada objetiva e pragmática, assumir a Corregedoria Nacional de Justiça é um desafio, principalmente porque ela é uma crítica ferrenha do Judiciário. "Eu não poderia deixar a magistratura sem dar uma contribuição na área que mais critico, que é a gestão do Poder Judiciário. Para ter legitimidade tudo o que venho dizendo todo este tempo, tive de assumir o compromisso de dar uma contribuição", afirma.
Membro da Primeira Seção e da Segunda Turma, órgãos que já presidiu, responsáveis pelo julgamento de matérias relativas ao Direito Público, a ministra integra, também, a Corte Especial. Ela compõe, ainda, o Conselho da Justiça Federal (CJF) e o Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Durante sua vida, Eliana Calmon foi pioneira em diversas situações. Em 1974, assumiu como procuradora da República antes dos 30 anos. Era a primeira vez que o Nordeste via uma mulher no Ministério Público Federal (MPF).
Em 1979, ingressou na magistratura, no cargo de juíza federal. Seguiu para o Tribunal Regional Federal da 1ª Região e, em 1999, chegou ao STJ, tornando-se a primeira juíza de carreira a chegar a um tribunal superior.
A ministra ainda continuará participando da Corte Especial enquanto acumular o cargo de corregedora nacional de Justiça no CNJ. O mandato é de dois anos.
Postado por: Thatiane de Souza
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