O presidente da Parada Gay de São Paulo, Alexandre Santos, afirmou durante encontro com o prefeito Gilberto Kassab, na manhã deste domingo (6), que a 14ª edição da festa promoverá o debate político. Ele também criticou o descaso de governantes frente aos direitos dos homossexuais.
- Para os fulanos e cicranos que não nos respeitam, suas batatas estão assando. Vamos eleger nossos governantes em um país laico.
Questionado se o recado era direcionado à presidenciável Marina Silva (PV), que se posicionou contra o casamento entre pessoas do mesmo sexo, Santos disse apenas que o comunicado foi direcionado a todos os políticos que promovem a ''homofobia institucional''.
Santos afirmou ainda que os gays e lésbicas estão irritados com as 198 mortes de homossexuais registradas no ano passado por crimes de intolerância.
- Não quero que me aceitem. Quero que me respeitem.
Segurança
Durante o encontro, a delegada do DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa) Margareth Barreto informou que o policiamento foi reforçado para combater os crimes de ódio contra os homossexuais em pontos mais vulneráveis do trajeto da Parada, que sai da Avenida Paulista e vai até a Praça Roosevelt, passando pela Rua da Consolação. A medida foi tomada depois que o garçom Marcelo Campos Barros morreu após ser espancado por desconhecidos na Praça da República, durante a dispersão da festa do ano passado.
Margareth recomendou que o público não saia do percurso. Na coletiva de imprensa em que foi anunciada a festa, o presidente da associação da Parada também disse que orientaria os participantes a não ficar nas ruas após o evento. Para Santos, é mais seguro procurar ficar bares e boates.
Por Mônica Ribeiro
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