Em audiência pública, sociedade sugere programação para a TV Brasil

Em audiência pública, sociedade sugere programação para a TV Brasil

Fonte: Atualizado: sábado, 29 de março de 2014 às 03:30

A audiência pública sobre a TV Brasil realizada em Brasília ontem, 9 de julho, recebeu sugestões sobre a programação da emissora. O ministro Franklin Martins, da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, considerou a audiência "extremamente produtiva". Avaliação semelhante fez a presidente da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), Tereza Cruvinel: "a sociedade veio, disse o que pensa deu sugestões e fez críticas, estamos aqui para fazer o que a sociedade deseja. A TV pública fica mais pública cada vez que a sociedade vem".

A diretora de cinema Tetê Moraes representou a Associação Brasileira de Cineastas (Abraci) e considerou ainda "tímida" a parceria do canal com as produções cinematográficas. Ela defende que a TV pública tenha contratos de pré-compra e participe do financiamento das produções, além de ter "mecanismos administrativos mais simplificados" para estabelecer parcerias.

Já a organização Intervozes - Coletivo Brasil de Comunicação Social manifestou preocupação com o funcionamento da TV Brasil e da EBC e as fontes de financiamento. "Não há como garantir uma programação de qualidade, o funcionamento de um parque transmissor que faça com que o sinal chegue à população, se não houver recurso necessário para isso. Comunicação é um tipo de atividade que demanda alto grau de investimento", explicou Jonas Valente, integrante do Intervozes, que assistiu à audiência.

O presidente do Conselho Curador da EBC, Luiz Gonzaga Belluzo, defendeu a vinculação de recursos. "A vinculação dos recursos dá autonomia à TV Pública", disse. Para ele, a programação deve ser "diversificada culturalmente" e com " conteúdos regionais". Belluzo disse que a TV pública "tem que se ater a essa programação resistindo a tentação de ter audiência a qualquer preço".

O professor Murilo César Ramos, da Faculdade de Comunicação da Universidade de Brasília (UnB), que acompanhou a audiência pública da TV Brasil, avalia que o evento "começou um processo para que daqui alguns anos haja maior mobilização em torno da TV pública".

Esta foi a primeira vez que um canal de televisão no Brasil promoveu uma audiência para ouvir a sociedade. "A discussão sobre comunicação, televisão, rádio, novas mídias é uma discussão interditada. Ela não sai em veículos que não seja a própria TV Brasil, eventualmente na TV Câmara ou na TV Senado", disse o professor.

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