O novo governador do Distrito Federal, Rogério Rosso (PMDB), que tomou posse nesta segunda-feira (19), prometeu união entre partidos e transparência durante os oito meses que terá de mandato. Rosso foi eleito no sábado (17) com o voto de 13 dos 25 deputados distritais.
"Não é hora de apostar no fracasso, é hora de união. Pela primeira vez um grupo de partidos e homens públicos se uniu em torno de um único objetivo, dar legitimidade ao governo local. Um esforço no resgate da credibilidade do Legislativo e Executivo diante do Judiciário. A união vai debelar o que se chamou de metástase institucional", disse.
Rosso defendeu alianças com todos os que se dispuserem a dar legitimidade ao governo. Tramita no Supremo Tribunal Federal um pedido de intervenção no Distrito Federal. Se o pedido for acolhido pela corte, o Legislativo e Executivo locais perderão autonomia e caberá ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva indicar um interventor para administrar a capital.
"Vamos trabalhar pautados pela objetividade e simplicidade. Não abriremos mão de quem possa colaborar para afastar os fantasmas do medo, da desconfia e da preguiça", disse. O novo governador afirmou ainda que as prioridades do governo serão manter a continuidade das obras, investir em saúde, transporte e dar transparência aos gastos públicos.
"Vamos abrir as contas do governo, fazer auditorias, dar transparência aos gastos com balanços mensais das contas", disse. "O tempo é curto, mas unidos daremos conta do essencial. (...) As áreas como segurança, obras, transporte estarão no topo da lista [de prioridades]".
Rosso afirmou ainda que sua administração não estará comprometida com disputas eleitorais. Em outubro há eleições para a Presidência, Senado, Câmara e governos estaduais. "Vamos adotar práticas administrativas que protejam governo dos erros do passado. Não vamos nos comprometer com qualquer cargo eletivo nas próximas eleições.
Posse
Ex-membro do governo de José Roberto Arruda, Rogério Rosso, é advogado e ocupa cargos na administração pública do DF há cerca de 10 anos. No último governo de Joaquim Roriz, foi secretário de Desenvolvimento Econômico e administrador de Ceilândia e, na gestão Arruda, presidiu a Companhia do Desenvolvimento do Planalto Central (Codeplan).
Entre as principais propostas do novo governador, estão a continuidade de obras e serviços, a redução dos cargos comissionados e de despesas da máquina pública, além da aplicação dos recursos economizados nas áreas de saúde, segurança e educação.
Crise política
O Distrito Federal enfrenta uma crise política desde que a Polícia Federal deflagrou, em novembro de 2009, a Operação Caixa de Pandora. A PF investiga um suposto esquema de distribuição de propina no governo distrital, envolvendo o primeiro escalão do Executivo local. As denúncias levaram à prisão e afastamento, por determinação do Superior Tribunal de Justiça (STJ), do então governador José Roberto Arruda (sem partido, ex-DEM) por tentativa de suborno de uma testemunha do caso em fevereiro.
Dias depois, o vice-governador Paulo Octávio (sem partido, ex-DEM) renunciou ao cargo, assumindo interinamente o então presidente da Câmara Legislativa, Wilson Lima. Durante a prisão, Arruda teve o mandato cassado pelo TRE-DF por infidelidade partidária, deixando vago o cargo. José Roberto arruda foi solto pelo STJ nesta segunda-feira (12), após dois meses preso.
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