Três suspeitos de participar do ataque a um ônibus que terminou com a morte do motorista foram detidos. Criminosos colocaram fogo no ônibus no sábado (18), na Estrada Turística do Jaraguá. John Carlos Soares Brandão teve 80% do corpo queimado e não resistiu aos ferimentos.
A Polícia Civil identificou ao todo seis suspeitos e levou três para o 46º Distrito Policial, em Perus. Os detidos devem ser transferidos ainda nesta sexta-feira (24) para uma outra unidade.
Os suspeitos, que são amigos e moram a cem metros do local do crime, foram detidos em flagrante por formação de quadrilha. A Polícia Civil aproveita uma brecha da legislação eleitoral que permite apenas a prisão em flagrante para que os suspeitos não deixem o sistema prisional. De acordo com a polícia, os suspeitos confessaram a participação no crime.
“Então, mano, botamo todo mundo pra descer do busão, mano. O motorista quis trocar soco comigo, parça. Aí a gasolina já tava dentro do busão já, mano, depois que todo mundo desceu, tá ligado? Que nós esperou todo mundo descer, né mano? Aí, eu coloquei a gasolina, o motorista veio trocar soco comigo, tá ligado, parça? Nós caímos no chão, mano, no bagulho, tá ligado? Aí nisso que nós caímos no chão, mano, ele se molhou com a gasolina, né parça? Aí nós descemos pra fora do busão trocando, mano”, disse o suspeito para um colega.
Após a briga, ele voltou a entrar no ônibus e ateou fogo. Ele diz que não teve intenção de queimar o motorista.“Aí o que que acontece: na hora que eu vi que não tinha ninguém no busão, eu fui tocar fogo lá no banco de trás lá, mano, na porta de trás, tá ligado? Ele tava entrando no segundo degrau da frente, mano. Ele tava com gasolina, tá ligado? Ele já pegou fogo também”, contou.
Segundo relatos, os criminosos jogaram combustível no motorista e ele demorou para sair do ônibus porque teve dificuldades para soltar o cinto de segurança. O cobrador usou a capa do assento do ônibus para tentar apagar o fogo. Os paramédicos do resgate fizeram o primeiro atendimento.
John Brandão ficou internado em estado grave na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Geral de São Mateus, na Zona Leste da capital, desde sábado. O motorista, que trabalhava havia 12 anos na Viação Santa Brígida, morreu na noite de quarta-feira (22). No enterro no Cemitério Municipal de Barueri, na quinta-feira (23), os colegas de trabalho estavam indignados.
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