A violência preocupa os moradores do Bom Retiro, bairro na região central de São Paulo. Nos últimos três meses, 163 assaltos foram registrados no bairro onde fica o quartel general da Polícia Militar. O principal alvo são os coreanos, que têm medo de denunciar os crimes.
O Bom Retiro tem muitos prédios antigos, com portas de frente para as ruas e lojas. O bairro onde a maioria da população era de judeus abriga uma nova colônia: os coreanos. Eles passaram a ser o alvo das quadrilhas, mas têm medo de denunciar. Não há um boletim de ocorrência porque eles não registram na delegacia. Nós não estamos preocupados se a pessoa é legalizada, ou não. Estamos preocupados se elas são vítimas de crime e precisam ser atendidas, diz o delegado Aldo Galiano Júnior.
A Rua Guarani é um dos pontos mais perigosos. Em um mês, foram pelos menos três casos. Em abril, cinco homens assaltaram um restaurante. Entraram armados, colocaram faca no pescoço de uma mulher e agrediram também o dono, um coreano de 66 anos, com chutes e socos. Tudo para roubar R$ 2 mil.
Quase um mês depois, no dia 18 de maio, ladrões entraram em um prédio para assaltar outro comerciante coreano de 48 anos. O terceiro assalto da Rua Guarani também foi o mais violento. A moradora foi dominada por cinco homens quando abria a porta. O pai dela foi ameaçado com choques elétricos. O homem sofreu um infarto e morreu.
Comerciantes também reclamam dos assaltos nas ruas. A Polícia Militar informou que tem diversos programas na região do Bom Retiro, entre eles, a ronda ostensiva. E que o número de roubos e furtos caiu 47% nos primeiros quatro meses deste ano em relação ao mesmo período do ano passado.
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