Em uma semana, preço da gasolina varia R$ 0,30 em Campo Grande

Em uma semana, preço da gasolina varia R$ 0,30 em Campo Grande

Fonte: Atualizado: sábado, 31 de maio de 2014 às 09:36

Depois de um recuo nos preços dos combustíveis, o consumidor volta a sentir o aumento nos valores do etanol e da gasolina. A variação em uma semana em Campo Grande chega a mais de R$ 0,30 por litro.

A técnica de laboratório Maria das Dores Teles Arruda comenta que às vezes é preciso deixar o automóvel de lado por causa dos preços altos. "Você tem que começar a andar de ônibus ou a pé, não tem outro jeito", comenta.

O sindicato que representa os postos justifica que os preços tiveram alta nas distribuidoras. Segundo um levantamento feito pela Agência Nacional do Petróleo no início da semana, os revendedores que estavam pagando R$ 1,74 pelo litro do álcool passaram a pagar R$ 1,80. Já para a gasolina o aumento foi mais significativo: saltou de R$ 2,17 para R$ 2,40.

A alegria do consumidor durou pouco. Na semana passada, na bomba, a vendedora Inês Alves pagou R$ 2,29 no litro da gasolina. Nesta quinta-feira (30), R$ 2,59. "Ia encher o tanque mas não vou. Quero esperar baixar", diz.

Em um posto de combustíveis de Campo Grande, na segunda-feira o litro da gasolina estava sendo vendido a R$ 2,27. Na terça-feira, R$ 2,37, e na quarta-feira, R$ 2,54. O sindicato dos revendedores chama a atenção para a guerra da concorrência. "O ideal é que cada um fizesse seu preço justo. Não podemos nem aconselhar que façam um preço médio senão somos acusados de cartel", afirma o diretor do Sinpetro/MS, Marcos Alceu Vilella.

O optometrista Raimundo Simião disse que tomou um susto quando foi abastecer o carro com etanol. "Diz que era entressafra, agora já estamos na safra da cana novamente. Por que está subindo?", questiona.

Três meses atrás, a justificativa do setor produtivo para os altos preços do etanol era que, por causa da entressafra, as usinas não tinham cana para moer. Agora, no pico da safra, o cenário não mudou. O mercado esta sendo afetado por uma possibilidade de queda na produção. "A União das Indústrias de Cana projetava para 585 milhões de toneladas de cana de açúcar no centro-sul do Brasil, agora já está sendo revisada para próximo de 530 milhões. Isso acaba impactando no preço", explica o consultor econômico João Pedro Cuthi Dias.          

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