'Estresse' na base aliada foi 'diluído', diz líder do governo

'Estresse' na base aliada foi 'diluído', diz líder do governo

Fonte: Atualizado: sábado, 31 de maio de 2014 às 9:31

O líder do governo na Câmara dos Deputados, Cândido Vaccarezza (PT-SP), afirmou nesta quinta-feira (11), que havia um “estresse” na base aliada e que, por isso, resolveu não “forçar” votações na Casa. Na quarta-feira (10), partidos da base aliada como o PMDB, PP e PR obstruíram votações.     “Ontem [quarta] tinha um estresse, uma conjunção de fatores, de discussões antigas como emendas, cargos, restos a pagar”, afirmou o líder. Ele disse ainda que líderes criticaram a relação do governo com a base. “Havia resistências por não liberação de emendas e restos a pagar, desconforto por achar que o governo não valoriza a Câmara”, completou, dizendo que o estresse foi "diluído".

“Do total da base, uns 150 deputados estavam dispostos a não votar nada, achei melhor não forçar [a votação]", disse Vaccarezza. Segundo ele, na próxima terça-feira (16) as votações serão retomadas. De acordo com o líder, a base aliada queria “fazer uma demonstração de força”.

Vaccarezza disse que o governo liberará as emendas e defendeu a demanda dos parlamentares. “Acho republicano os deputados defenderem suas emendas”, afirmou. “Tem uma ou outra emenda problemática, mas não são todas”.

Algemas

Vaccarezza criticou ainda o uso de algemas em presos da Operação Voucher, que apontou desvio de recursos no Ministério do Turismo. Durante a operação, foram presas 36 pessoas. “Houve evidente abuso de autoridade do juiz e do promotor (...) e houve abuso de autoridade na ação da Polícia Federal”, disse o líder.

“Porque no transporte a pessoa precisa ser algemada. É para tirar uma foto para criar um fato político?”, questionou Vaccarezza. “Não precisa o cidadão ser preso para ser interrogado” “Sou contra a pessoa ser algemada para ser desmoralizada”, afirmou o líder. Segundo ele, “a algema é uma tortura psicológica”.

O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, determinou na quarta-feira a apuração sobre se houve irregularidade no uso de algemas pela Polícia Federal nas prisões feitas durante a Operação Voucher.            

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