Ex-PMs negam envolvimento em assassinato de empresário em Cuiabá

Ex-PMs negam envolvimento em assassinato de empresário em Cuiabá

Fonte: Atualizado: sábado, 31 de maio de 2014 às 9:36

Célio e Hércules Agostinho ainda respondem a

processos por outros crimes (Foto: Arquivo TVCA)

  Os ex-policiais Hércules Araújo Agostinho e Célio Alves de Souza estão sendo julgados em Cuiabá pelo assassinato do empresário Mauro Sérgio Manhoso. Em depoimento na manhã desta quarta-feira (29) no Fórum de Cuiabá, o ex-cabo Hércules e o ex-soldado Célio negaram participação no crime. O julgamento, à tarde, deve entrar na fase de debates entre defesa e acusação.

Mauro Manhoso foi assassinato com nove tiros em outubro de 2000 no centro de Cuiabá. As investigações apontaram que o ex-bicheiro João Arcanjo Ribeiro teria pago R$ 8 mil para que Célio e Hércules executassem o empresário.

Julgamento

Uma testemunha que prestou depoimento durante o julgamento disse que ouviu, no dia do crime, que o assassinato havia sido cometido por dois pistoleiros. Depois foram ouvidos os dois réus. Hércules negou ter pilotado a moto e que compareceu ao local onde a vítima trabalhava.

Questionado sobre a confissão que o próprio Hércules fizeram à época das investigações, o réu agora afirm que mentiu e que inventou a versão de que Arcanjo mandou matar Manhoso.

Célio Alves também negou envolvimento no homicídio. "Minha participação? Nenhuma", disse o ex-soldado. Ele foi apontado como o autor dos disparos que mataram o empresário Mauro Manhoso.

O crime

De acordo com as investigações da polícia, o crime aconteceu na capital em outubro de 2000, quando a vítima tentava implantar uma espécie de loteria. O processo aponta que João Arcanjo, que comandava o jogo do bicho na capital, teria encomendado o assassinato de Manhoso para que não tivesse concorrência no jogo ilegal na cidade. O ex-bicheiro João Arcanjo Ribeiro deve ser julgado pelo mesmo crime em outra data.

Conforme os autos, Manhoso era o proprietário da empresa Prodados, cuja atividade era desenvolver sistemas para sorteios eletrônicos e bingos. Nos meses que antecederam a morte dele, Manhoso estava montando um sistema de jogo denominado ‘raspadinha’.

A atividade, direcionada para o jogo, não agradou a João Arcanjo Ribeiro, que detinha o monopólio dos jogos ilegais no estado e não permitia que terceiros ocupassem espaço. Para eliminar o concorrente, ele teria contratado o serviço de pistolagem de Hércules Araújo e Célio Alves.

Arcanjo também é denunciado por mandar matar o empresário Domingos Sávio Brandão, assassinado a tiros em 2002. Sávio era empresário e dono do jornal Folha do Estado, que fazia denúncias contra Arcanjo.

Condenações

Hércules cumpre pena de mais de 117 anos de prisão por vários crimes cometidos em Mato Grosso. Célio Alves foi condenado a 82 anos de prisão em regime fechado também por vários homicídios. Os dois ainda respondem na justiça por outros assassinatos.        

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