Falta da segurança em agências bancárias preocupa

Falta da segurança em agências bancárias preocupa

Fonte: Atualizado: sábado, 29 de março de 2014 às 03:23

O assalto a uma agência do HSBC de Pinhais, ocorrido este mês, é um exemplo de que portas com detectores de metal, câmeras de monitoramento e seguranças armados não têm sido suficientes para conter a ação de bandidos em instituições financeiras. No município da Região Metropolitana de Curitiba, os ladrões fizeram reféns o gerente, o segurança e diversos clientes do banco, tendo acesso ao cofre do local.

Na Câmara Municipal de Curitiba, existem vários projetos que visam aumentar a segurança das agências bancárias presentes na cidade. Alguns já foram aprovados, como por exemplo o que prevê a instalação de vidros blindados, a restrição do uso de celular dentro das agências e a instalação de biombos na área dos caixas. Outras medidas ainda estão sendo avaliadas, como a proibição do estacionamento de veículos em frente às agências e a obrigatoriedade do registro das impressões digitais dos clientes.   O presidente do Sindicato dos Bancários de Curitiba e Região Metropolitana, Otávio Dias, também sugere que as portas eletrônicas não sejam instaladas apenas dentro das agências, mas sim na entrada das mesmas, antes da área destinada aos caixas eletrônicos. Entretanto, considera que esta e outras medidas propostas para aumentar a segurança seriam apenas paliativas.

"Acredito que uma coisa que poderia realmente funcionar seria a instalação de câmeras com monitoramento em tempo real pela polícia e pelos seguranças do banco. Já está na hora de os banqueiros terem maior responsabilidade social com seus funcionários e clientes", afirma. "Além disso, é preciso investimento na segurança da cidade como um todo, o que evitaria os assaltos no entorno dos bancos, que são muito comuns principalmente em dias de pagamento de aposentados e pensionistas".

Já o presidente da Câmara Municipal, vereador João Claudio Derosso, diz que a segurança física dos usuários de bancos sempre foi um assunto bastante discutido dentro da casa. Entre os projetos em andamento, ele acredita que alguns podem realmente funcionar e que outros podem acabar dificultando a vida dos clientes.

"Temos que buscar aprovar projetos que realmente contribuam com a segurança e não que impeçam o acesso dos clientes à agência. Sou a favor, por exemplo, da proibição do uso de celular, pois muitos assaltos ocorrem depois que pessoas que estão dentro das agências passam informações sobre clientes a outras que estão do lado externo. Quanto ao registro de impressões digitais, acredito que este seria um processo demorado, que iria dificultar a vida dos clientes e tornar o acesso às agências demorado. Sobre a proibição do estacionamento de veículos na área frontal, tenho dúvidas se traria benefícios ou não. A maioria dos assaltos a usuários que saem dos bancos é feito com motos e geralmente os assaltantes não ficam esperando suas vítimas em frente às agências".

Segundo o delegado adjunto do Centro de Operações Policiais Especiais (Cope), Rodrigo Brown, em média dois ou três casos de assalto a bancos são registrados a cada mês em Curitiba. São verificadas principalmente três tipos de ocorrências: assalto a carro forte, no momento da coleta ou entrega de malotes com dinheiro; roubo a agências, quando os assaltantes conseguem entrar nos estabelecimentos portando armas de fogo; e furto de caixas eletrônicos, nos quais os bandidos conseguem violar os caixas com uso de maçarico ou mesmo levá-los inteiros para depois ter acesso ao dinheiro.

"Diante da grande lucratividade dos bancos, o que os banqueiros investem em segurança é quase mínimo", comenta o presidente do Sindicato dos Vigilantes de Curitiba e Região Metropolitana, João Soares.

Postado por: Cristiano Bitencourt

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