Paralisação na Linha 12 da CPTM fez com a estação São Miguel Paulista, na Zona Leste, ficasse fechada pela manhã (Foto: Juliana Cardilli/G1) A falta de informações sobre a extensão da greve de funcionários da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM), iniciada na manhã desta quarta-feira (1º) em São Paulo, fez com que muitas pessoas chegassem a desistir de ir ao trabalho por acreditarem que todas as linhas estariam paradas. Em alguns casos, os passageiros achavam que o Metrô também estava parado e tentavam fazer caminhos alternativos desnecessários para chegar a seu destino.
Dois dos quatros sindicatos dos funcionários da CPTM rejeitaram a proposta de reajuste salarial de 3,07% oferecido pela companhia. Os metroviários anunciaram, mas adiaram paralisação após assembleia nesta terça-feira (31). No ABC, cobradores e motoristas também iniciaram uma paralisação nesta quarta-feira. Wilson acreditava que Metrô também estava em
greve (Foto: Juliana Cardilli/G1) Em São Miguel Paulista, na Zona Leste de São Paulo, a paralisação na Linha 12-Safira da CPTM fez com que a Estação São Miguel Paulista ficasse fechada nesta manhã. Muitas pessoas optaram, então, pelos ônibus para chegar ao Centro e a outros bairros de São Paulo, sem saber que poderiam chegar mais rápido com o Metrô. O atendente Wilson Ribeiro Leite tinha desistido de ir ao trabalho, na Barra Funda, Zona Oeste, pois achava que as estações do Metrô também estavam fechadas. Ele normalmente usa a CPTM.
Eu ia trabalhar, mas desisti. Se fosse de ônibus ia demorar muito, o dobro do tempo, umas três horas. Vim para a estação porque achei que ia estar funcionando pelo menos parcialmente, contou. Ao ser informado pela reportagem do G1 de que o Metrô funcionava normalmente, ele resolveu ir trabalhar. Achava que o Metrô estava em greve também. Agora vou até Itaquera de ônibus e de lá sigo de Metrô, vai mais rápido.
A também atendente Karina Vieira do Nascimento ficou aliviada ao saber que o Metrô estava em operação. Tenho que buscar uns documentos na minha empresa, pois começo um trabalho novo amanhã [quinta-feira]. Achei que ia ficar horas no trânsito, de Metrô vai ser bem mais fácil, afirmou.
Passageiros tiveram que recorrer a ônibus para se
deslocarem (Foto: Juliana Cardilli/G1)
Encontrar a Estação São Miguel Paulista fechada nesta manhã foi uma surpresa para muitos passageiros, que tiveram que optar pelos ônibus os pontos estavam mais cheios que o normal nas proximidades da estação. O autônomo Marco Antonio Lopes iria de trem até o Tatuapé, na Zona Leste o caminho pode ser feito diretamente pela Linha 12. Vi na televisão que ia ter greve dos ônibus no ABC, não sabia que os trens iam estar parados. Estou preocupado com a volta, o Metrô vai estar muito cheio, afirmou ele, que demora uma hora e meia de ônibus no trajeto, quando normalmente o faz em 30 minutos de trem.
Operações
A Linha 12-Safira foi a única totalmente fechada nesta quarta-feira por causa da greve da CPTM. Outra linha bastante afetada era a 11-Coral (Luz-Estudantes), que operava apenas entre as estações Luz e Guaianazes nessa manhã. O restante da linha a viagem era feita com ônibus da operação Paese, já que os trens estavam parados. Nas estações das duas linhas, avisos sonoros orientavam os passageiros sobre a situação.
Outras linhas afetadas pela greve foram a 8-Diamante e a 9-Esmeralda. Segundo o Sindicato dos Trabalhadores em Empresas Ferroviárias da Zona Sorocabana, dos funcionários da CPTM, cerca de 90% dos maquinistas dessas linhas pararam. Entretanto, os trens operavam nesta manhã com intervalos maiores em alguns pontos. Passageiros comentaram que as composições estavam até mais vazias que o normal com o medo da greve muitos decidiram usar ônibus ou tirar o carro da garagem.
Guaianazes
De acordo com a CPTM, a Linha 12-Safira está fechada porque o sindicato não cumpriu a ordem do Tribunal Regional do Trabalho (TRT) de manter 90% do efetivo em horário de pico.
Na Estação Guaianazes, que faz parte da Linha 11 da CPTM, a situação era tranquila no fim desta manhã apesar de a linha estar operando com trens apenas em metade de seu trecho. Entre Luz e Guaianazes os trens circulavam normalmente. De Guaianazes até a Estação Estudantes a operação foi paralisada, e o trajeto era feito por meio de ônibus da Operação Paese. Funcionários da CPTM orientavam os passageiros sobre o local onde pagar os ônibus gratuitamente.
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