Após o desabamento que matou quatro pessoas numa comunidade em Jacarepaguá, na Zona Oeste do Rio, a prefeitura dá continuidade, nesta sexta-feira (28), à retirada de famílias em áreas de risco.
Segundo o subprefeito da Barra e de Jacarepaguá, Tiago Mohamed, foram identificadas 40 casas em risco iminente de desabamento. Na quinta-feira (27), 12 famílias foram retiradas. Até o fim de semana, mais 28 serão removidas. Os moradores receberão aluguel social no valor de R$ 400.
Vamos continuar a remoção durante toda a sexta-feira e se precisar trabalharemos no final de semana também, disse o subprefeito. Ao todo, 240 casas serão interditadas.
Das cinco pessoas que estavam na casa que desabou, bombeiros conseguiram resgatar com vida um menino, Maique Ribeiro Pereira da Silva, de 6 anos de idade, ainda de madrugada. Ele foi levado para o Hospital Lourenço Jorge, na Barra da Tijuca, na Zona Oeste, e não corre risco de morrer, apesar da grande quantidade de fraturas pelo copo.
Vizinhos contaram que, desde a interdição, a família Pereira vinha negociando com a prefeitura a mudança para uma casa mais segura, mas que o valor de R$ 20 mil oferecido pelo órgão era baixo para a compra de um outro imóvel.
A prefeitura informou que o dono da casa tinha optado pela compra assistida de um novo imóvel. O questionamento do valor pode ser feito, mas isso não pode ser justificativa para continuar no imóvel interditado, afirmou o subprefeito Tiago Mohamed.
Casa já tinha sido interditada
A casa também já tinha sido interditada em janeiro deste ano. A família Pereira já estava de partida. Segundo vizinhos e parentes, ela receberia na quinta-feira (27) o dinheiro para providenciar a mudança para uma nova casa. Mas não deu tempo de fazer a mudança.
Bombeiros do quartel de Jacarepaguá encontraram pela manhã os corpos das vítimas. Eles foram identificados como: o pai Marcelo Gonçalves Pereira, de 33 anos, da mãe Silvana Ribeiro da Silva, de 28 anos - completados na quarta-feira (26) -, do filho Nicolas Ribeiro Perira da Silva, de 5 anos e do primo de Marcelo, José Gonçalves dos Santos, que não teve a idade revelada.
Água, lama e escombros dificultaram o trabalho de resgate dos corpos. Segundo bombeiros, choveu forte na região durante a noite de quarta-feira (26), por cerca de 40 minutos, mas a casa desabou depois que a chuva já tinha parado.
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