Favelas da Rocinha e Vidigal estão ocupadas, diz Polícia Militar

Favelas da Rocinha e Vidigal estão ocupadas, diz Polícia Militar

Fonte: Atualizado: sábado, 31 de maio de 2014 às 09:21

A Secretaria de Segurança do Rio de Janeiro considera que as favelas da Rocinha e Vidigal estão totalmente ocupadas pela polícia, segundo informações do coronel Pinheiro Neto, Chefe do Estador Maior da Polícia Militar do Estado.

A operação de ocupação da favela da Rocinha começou às 4h25, com apoio de veículos blindados da Marinha na entrada principal da comunidade. Às 4h30, outros 15 carros chegaram ao local – cinco do Bope, dois da PRF (Polícia Rodoviária Federal), ambulâncias e outros tipos de veículos policiais. A equipe tática do Bope fez a invasão pelo acesso principal da favela, com apoio logístico do helicóptero Caveirão da PM. Por volta de 7h30, os carros começaram a deixar a comunidade.

  Polícia inicia processo de pacificação da Rocinha Foto 8 de 20 - O carro blindado, conhecido como "caveirão" patrulha a favela da Rocinha. A Secretaria de Segurança do Rio de Janeiro considera que as favelas da Rocinha e Vidigal estão totalmente ocupadas pela polícia Zulmair Rocha/Especial para o UOL Apenas duas prisões foram realizadas, nenhuma das duas relacionadas com o tráfico de drogas. Um foragido por assalto à mão armada tentou escapar simulando mal estar e um homem foi preso com uma motocicleta irregular.

VEJA OS TRAFICANTES MAIS PROCURADOS DO RIO RELEMBRE A OPERAÇÃO NA ROCINHA EM FOTOS As oito entradas da favela da Rocinha, no Rio de Janeiro, foram bloqueadas às 2h30 em preparação para a ocupação policial prevista para a madrugada deste domingo. Não houve qualquer registro de troca de tiros. A operação é liderada pelo Bope, que controlará a área até que se construa um posto policial permanente no bairro.

Às 5h40, as retroescavadeiras utilizadas para destruir barricadas e o caveirão do Bope chegaram ao local para reforçar a operação, que se encontra em sua segunda fase: os policiais estão vistoriando as residências para fazer a "limpeza do terreno". Após essa ação do Bope, a Polícia Civil deve entrar na favela para tentar cumprir sete mandados de prisão.

Entre os procurados, estão Cristiano de Sá da Silva, o Abelha; Tiago de Sousa Cheru, o Doréu; Jean Carlos Nascimento dos Santos, o Fofinho; Alexandre Bandeira, o Piolho; e Edmilson Torres Martins, o Capita.

No total, 3.000 agentes participam da operação: são 2.300 policiais militares, 1.000 atuando diretamente na ocupação e 300 do Bope; 194 fuzileiros navais; 160 policiais federais; 186 policiais civis; e 196 agentes da Polícia Rodoviária Federal, sendo que 46 atuaram diretamente na invasão e 150 foram distribuídos pelos bloqueios no entorno da Rocinha.

A ocupação A Secretaria de Estado de Segurança Pública do Rio de Janeiro colocou em prática na madrugada deste domingo (13) o planejamento de instalação de uma Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) na favela da Rocinha, em São Conrado, bairro da zona sul da capital fluminense. Mais de 150 agentes das polícias Civil, Militar e Federal, além de fuzileiros navais operando blindados da Marinha, participam da ocupação.

Mapa traz postos de atendimento a feridos e alterações de itinerários de ônibus A operação começou com incursões dos homens do Batalhão de Operações Especiais (Bope) em busca de traficantes que permanecem escondidos na favela. Enquanto isso, policiais militares do Choque e dos batalhões da região ficarão no entorno da comunidade, ocupando os acessos. A comunidade está cercada há dois dias com o objetivo de evitar a fuga de traficantes durante a operação. O ex-chefe do crime organizado no local, Antônio Bonfim Lopes, o Nem, foi preso na quinta-feira (10).

Conforme o Bope vier a avançar pelas ruas, becos e vielas da Rocinha, agentes das polícias Civil e Federal realizarão ações específicas --em busca de traficantes, armas e drogas-- coordenadas pelo setor de inteligência da Secretaria de Segurança.

Já a Marinha disponibilizou blindados do tipo Clanf (ou "Lagarto Anfíbio"), M-113 e Piranha, todos operados por fuzileiros navais, que podem ser utilizados para remover possíveis barricadas instalados pelos traficantes, ocupar acessos, auxiliar no controle do tráfego na região, entre outras funcionalidades.

A pacificação da Rocinha, que já foi conhecida como a maior favela da América Latina (chegou a ter mais de 200 mil habitantes na década de 80), é tida como um passo fundamental do governo do Estado na área de segurança pública.

Única comunidade da zona sul que ainda não tinha recebido uma UPP, a favela situada no Morro Dois Irmãos está localizada entre dois dos bairros mais nobres da capital fluminense: São Conrado e Gávea. Tal região possui um grande potencial turístico, e está na rota de investimentos visando à Copa do Mundo de 2014 e os Jogos Olímpicos de 2016.

A estratégia da Secretaria de Segurança também desarticula uma das facções criminosas atuantes no contexto do narcotráfico fluminense, os Amigos dos Amigos (ADA), que tinha na Rocinha o seu principal reduto e na figura de Antônio Bonfim Lopes, o Nem, o seu grande líder.

A UPP da Rocinha será a 19ª em toda a capital fluminense. O processo de pacificação, que começou pela comunidade do Santa Marta, em Botafogo, há três anos, e foi inspirado no modelo de segurança pública desenvolvido pelo governo de Medellín, na Colômbia, para acabar com os carteis de drogas, é um dos principais trunfos políticos do governo do Estado.

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