Festival abriga experimentais e distribui R$ 635 mil em prêmios

Festival abriga experimentais e distribui R$ 635 mil em prêmios

Fonte: Atualizado: sábado, 31 de maio de 2014 às 10:06

O festival de cinema mais tradicional do Brasil chega nesta terça-feira (23/11) à 43ª edição. Conhecido pelas produções combativas e pela vivacidade (e exageros) do público, o Festival de Brasília do Cinema Brasileiro será aberto e encerrado por dois clássicos: Liliam M: Relatório Confidencial (1975), de Carlos Reichenbach, (exibição que será precedida por 50 Anos em 5, curta de José Eduardo Belmonte) e Os Deuses e os Mortos (1970), de Ruy Guerra.

Deixando o passado e mirando o presente, os seis longas-metragens da Mostra Competitiva mostram predominância de produções mineiras. O estado está representado por Os Residentes, segundo longa de Tiago Tata Machado (O Quadrado de Joana), e O Céu Sobre os Ombros, de Sérgio Borges, cineasta imbuído do ambiente criativo da TEIA.

Ao contrário dos dois últimos anos, quando os documentários empataram ou superaram o número de ficções, a Mostra Competitiva do Festival de Brasília traz quatro ficções, um documentário e uma produção que afirma ficar no meio do caminho: Amor?[foto], de João Jardim (do ótimo Pro Dia Nascer Feliz e do regular Lixo Extraordinário).

O experimentalismo da linguagem cinematográfica, característica mais das produções que frequentam a Mostra de Tiradentes, devem dar as caras em 2010 em Brasília. A Alegria e Transeunte são duas das ficções comandadas por diretores que já realizaram filmes mais experimentais: a dupla Mariana Meliande/Felipe Bragança (A Fuga da Mulher Gorila) e Eryk Rocha (Pachamama).

A participação do gênero documental fica por conta de uma produção recifense dirigida pelo brasiliense Marcelo Lordello, Vigias – Lordello já dirigiu um ótimo curta-metragem de ficçao, Nº 27.

Curtas-metragens e atividades paralelas

O 43º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro traz também duas ótimas opções de filmes restaurados. O Leão de Sete Cabeças (1970), de Glauber Rocha, coprodução italiana que fala do colonialismo europeu na África, e Rico Ri À Toa (1957), primeiro longa-metragem de Roberto Farias que traz o comediante Zé Trindade em grande forma.

Entre os curtas-metragens em 35mm, alguns filmes são assinados por diretores que já realizaram outros bons trabalhos, como Angeli 24 Horas, de Beth Formagini (Nós Somos Um Poema), Café Aurora, de Pablo Polo (Matriuska), e Fábula das Três Avós, de Daniel Turini (Memórias Sentimentais de um Editor de Passos).

Já a seleção de curtas-metragens em digital traz na maioria jovens realizadores, apesar da presença de alguns veteranos, como Luiz Carlos Lacerda (Esta Pintura Dispensa Flores) e Camilo Cavalcante (My Way).

O Festival de Brasília é o evento cinematográfico que mais distribui prêmios em dinheiro ao lado do Festival de Paulínia. Ao todo, serão R$ 635 mil – divididos entre Mostra Competitiva de Longa-metragem (R$ 220 mil), Curta-metragem 35mm (R$ 70 mil), Curta-metragem Digital (65 mil), Prêmios de Público (R$ 50 mil), Prêmio para Produções de Brasília (R$ 185 mil) e Aquisição de Curtas-metragens por dois canais de TV (R$ 45 mil).

Por: Heitor Augusto

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