Um festival de balões assustou os moradores de São Gonçalo, na Região Metropolitana do Rio, no domingo (10). Esses, no entanto eram diferentes: sem bucha, eles são abastecidos de ar por um maçarico e se sustentavam no alto com o calor do sol. O evento, organizado pela Sociedade Amigos do Balão, foi autorizado pela polícia e pelo Corpo de Bombeiros.
A gente entende que há 300 anos essa cultura é praticada no Brasil. E temos exemplos em países lá fora, na Europa, na América Central, que não condenam a prática de balão. Mas como nós temos a lei criminalizando esta atividade, partimos para essa atividade enquadrada na lei do meio ambiente, disse Marcos Real, presidente da Sociedade Amigos do Balão.
O baloeiro Thiago Calbelo veio de São Paulo e estava satisfeito com a novidade: Não faz diferença com fogo ou não. O que vale para a gente é o amor ao balão.
Moradores desavisados chamaram a polícia
O público acompanhou tudo de perto, inclusive com crianças, sem medidas de segurança. Mesmo com autorização do poder público, a fiscalização chegou ao final do evento. O Batalhão de Polícia Florestal e Meio Ambiente (BPFMA) recebeu inúmeras ligações de moradores preocupados com os balões. Os policiais verificaram que não havia riscos às pessoas e ao meio ambiente. Mas não descartam outros perigos.
Demonstra uma prática mais sustentável. Mas é necessário um estudo mais aprofundado para que haja uma regulamentação, e para que essa regulamentação possa trazer, além dos documentos que eles possuem para praticar, o local adequado e o horário adequado, para que a rota de aviões ou outros ilícitos não possam ocorrer, disse o tenente-coronel Mário Fernandes, comandante do BPFMA.
Lei ambiental
A lei ambiental só considera crime os balões que possam provocar incêndio. Mas, segundo especialistas, o código penal prevê, no artigo 261, a detenção de seis meses a dois anos para quem expuser a perigo embarcação ou aeronave.
O problema da aviação não é o fogo, é o peso. Se ele tiver uma estrutura pesada é problema para a aviação. Em segundo lugar, dependendo do que ele for feito, ele pode tapar uma boca de turbina, evitar que o ar entre nesta turbina e, consequentemente, o motor para de funcionar, disse Ronaldo Jenkins, especialista em segurança de voo.
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