'Foi crime encomendado', afirma delegado sobre estudantes baleados

'Foi crime encomendado', afirma delegado sobre estudantes baleados

Fonte: Atualizado: sábado, 31 de maio de 2014 às 09:54

O delegado Paulo Afonso Tuffi, que investiga o caso dos estudantes da Fundação Getúlio Vargas (FGV) baleados na noite de quarta-feira (23) em um bar na Avenida Nove de Julho, no Centro de São Paulo, acredita que o crime foi “encomendado”. “São estudantes de classe nobre, é difícil que se envolveriam com um dos executores do crime. A execução parece ter sido premeditada, pois os bandidos desceram da moto, de capacete, e foram diretamente em direção aos dois jovens, não atingiram mais ninguém”, diz o delegado Tuffi, titular do 4º Distrito Policial, na Consolação.

O estudante Julio Cesar Grimm Bakri, natural de Porto União, em Santa Catarina, morreu atingido por cinco tiros, segundo a Polícia Civil. Ele tinha 22 anos e cursava o 4º ano de administração de empresas. Um amigo dele, Christopher Akiocha Tominaga, de 23 anos, também foi atingido por disparos e está internado no Hospital das Clínicas. Segundo a polícia, nada foi levado das vítimas.     Colegas da FGV que estavam no bar no momento do crime com os dois, bebendo cerveja e jogando baralho, descreveram à polícia como os suspeitos da execução estavam vestidos. Segundo eles, o motorista da moto, uma Falcon preta, estava de capacete, era magro, tinha cerca de 1,80 m de altura e usava camiseta vermelha e short. O garupa também estava de capacete e era alto e magro, segundo as testemunhas. Ele estava de camiseta branca e calça preta.

O delegado diz que os dois atiraram ao mesmo tempo contra as vítimas, usando pistolas de calibre 45, que é de uso restrito das Forças Armadas. “Não é comum vermos assassinatos com esse calibre, que não é fácil de ser adquirido. Mas os suspeitos podem ter furtado de algum militar”, disse Tuffi. No local do crime foram recolhidos mais de 20 cartuchos do calibre.

Na hora dos tiros, os colegas dos estudantes baleados e outros frequentadores do bar que estavam no ambiente externo correram para dentro do estabelecimento.

A polícia irá receber ainda nesta quinta-feira (24) a gravação de câmeras de segurança de um prédio em frente ao bar, que flagrou a ação dos criminosos. A moto que eles usavam estava com a placa coberta por plástico preto mas, segundo a polícia, a dupla fugiu em direção à Avenida Plínio Barreto, no Centro da capital, onde radares fotográficos da Prefeitura flagraram os bandidos. Dez testemunhas foram convocadas para prestarem depoimento na tarde desta quinta-feira (24). Na lista, estão atendentes do bar, um irmão de Tominaga e colegas das vítimas.

Segundo informações preliminares, Tominaga havia se envolvido em uma briga há cerca de um mês em um restaurante no Bixiga, em que outros desconhecidos teriam mexido com a namorada dele. A investigação apura a relação entre o assassinato e a discussão anterior.    

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