A policial civil que atropelou e matou uma criança e deixou sua mãe ferida no Méier, no Rio, chegou à 24ª DP (Piedade) por volta das 15h. Muito nervosa, ela disse que "tudo foi uma fatalidade". A mulher contou que estava voltando para casa, quando sentiu um choque na traseira do carro e perdeu o controle. Ela presta depoimento na delegacia. Também chegou ao local, na tarde desta quinta-feira (15), a principal testemunha do caso, segundo a polícia. O técnico em refrigeração José Ferreira Nunes contou que seguia de carro pela Rua Coração de Maria, no Méier, na quarta-feira (14), quando o varro conduzido por um professor de inglês passou em alta velocidade por ele. Para não bater em outro veículo que estava mais à frente, o homem fez uma manobra brusca e atingiu o veículo da policial.
Nunes afirma que desceu para checar o que tinha acontecido e viu que uma mulher tinha sido atropelada e ela ficava repetindo "meu filho, meu filho". Ele disse que colocou a vítima na calçada e encontrou a criança gravemente ferida.
O técnico disse ainda que o professor desceu do carro dizendo "O que é que eu fiz!".
Os advogados do professor também estão na delegacia. Eles disseram que o homem está muito abalado e que mora perto do local do acidente. Ele está sob efeito de sedativos e deve prestar depoimento em outro dia.
Agentes da 24ª DP (Piedade) checam, nesta quinta-feira (15), se prédios no Méier registraram, pelas câmeras de segurança, o atropelamento na Rua Coração de Maria, que matou uma criança de 1 ano e 8 meses e deixou sua mãe ferida, na quarta-feira (14). A medida, de acordo com o delegado titular da 24ª DP (Piedade), Ronaldo Oliveira, é para ajudar a polícia a definir como foi a participação dos envolvidos no acidente.
Mãe e filho estavam na calçada quando foram atingidos. A criança tinha acabado de deixar a creche e estava no carrinho de bebê quando foi atingida.
"A Polícia Civil é solidária à família e com certeza vamos apurar com a maneira mais eficaz possível a responsabilidade de cada um nesse evento criminoso", disse Oliveira.
Peritos já estiveram no local do atropelamento. O delegado informou que vai pedir agilidade na liberação do resultado do laudo. Segundo o delegado, com o documento será possível "individualizar a participação dos envolvidos no fato".
O caso inicialmente será investigado pela 24ª DP (Piedade). Mas, de acordo com Oliveira, como o atropelamento aconteceu no Méier, as investigações serão passadas para a delegacia da região. Mãe soube da morte do filho nesta quinta-feira
A mãe da criança foi levada com uma fratura exposta na perna esquerda para o Hospital municipal Salgado Filho, também no Méier. Durante a madrugada, ela passou por uma cirurgia e permanece internada na enfermaria. Seu estado de saúde é estável.
Ainda de acordo com a Secretaria, a mãe só soube da morte do filho nesta manhã, quando estava acompanhada do marido e de psicólogos e psiquiatras da unidade.
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