Governador de MT corta salários de policiais civis e PM assume funções

Governador de MT corta salários de policiais civis e PM assume funções

Fonte: Atualizado: sábado, 31 de maio de 2014 às 09:28

Silval Barbosa decidiu cortar pontos de grevistas

(Foto: Reprodução TVCA)

  O governador de Mato Grosso, Silval Barbosa (PMDB), divulgou na manhã desta sexta-feira (2), em coletiva à imprensa, uma série de medidas contra a decisão dos investigadores e escrivães da Polícia Civil, que paralisaram de forma ampla e irrestrita todos os procedimentos policiais nas delegacias do estado. Em greve há 63 dias,  os profissionais mantinham, até quinta-feira (1º), o atendimento em 30% nas delegacias do estado, conforme determinou a Justiça.

Silval Barbosa convocou o retorno imediato dos profissionais pelas próximas 24 horas. Caso o retorno não aconteceça, o governador decidiu cortar em 100% os salários dos grevistas e, ainda, abrir procedimentos administrativos e disciplinares contra aqueles que descumprirem a determinação.   PMs convocados

O governador autorizou ainda que a Polícia Militar realize todos os procedimentos policiais que são de responsabilidade da Polícia Civil durante o período de greve, inclusive, utilizando alunos do curso de formação. Segundo o governo de Mato Grosso, 349 alunos estariam aptos a trabalhar nas ruas neste momento.

Silval também determinou que os grevistas entreguem as armas e que os veículos da Polícia Civil sejam recolhidos dos pátios das delegacias. O governador ameaçou retirar toda a proposta salarial já negociada entre governo e os grevistas até o momento, reajustando os salários dos investigadores e escrivães apenas com base na perda da inflação.

Negociações

Na última terça-feira (30), o governo de Mato Grosso condicionou a apresentação de uma nova proposta aos escrivães e investigadores à suspensão da greve da categoria. Pela proposta, os policiais receberiam R$ 3.900 até o fim de 2014, a partir de um reajuste progressivo anual que começaria em 2011. Investigadores e escrivães buscam aumentar os salários dos atuais R$ 2.365 para cerca de R$ 6 mil iniciais, mesmo valor pago aos peritos criminais do estado.

Após constantes decisões de assembleias em manter o movimento, no dia 21 de agosto a Justiça declarou a greve ilegal, com pena diária de R$ 20 mil. No entanto, a assessoria jurídica dos sindicatos está contestando a decisão judicial. “Quem vai decidir sobre a greve judicialmente serão nossos advogados. Nós decidimos continuar o movimento”, comentou o presidente do Sindicato dos Investigadores (Siagespoc), Cledison Gonçalves da Silva.

A presidente do Sindicato dos Escrivães de Polícia Judiciária Civil de Mato Grosso (Sindepojuc), Genima Evangelista, disse que as categorias tentaram negociar com o governo por telefone até durante a assembleia, mas os profissionais foram irredutíveis em manter a paralisação. "Eles disseram que só retornariam ao trabalho se a proposta contemplasse o reajuste salarial acompanhando a inflação do ano". Ela lamentou o fato de as delegacias ficarem sem policiais. "Infelizmente não houve consenso. Todas as tentativas de por fim à greve foram frustradas".          

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