O governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda, tem até as 18h desta quinta-feira (10) para convencer o DEM de que ele não deve ser expulso do partido. Arruda é acusado de liderar o esquema do mensalão do DEM, suposto pagamento de propina a aliados em troca de apoio parlamentar.
O prazo de oito dias da sua defesa terminaria na última quarta-feira, mas o governador ganhou um dia já que só foi notificado do processo, aberto na última terça-feira, no dia seguinte da reunião do Executiva do partido.
O líder do Senado, José Agripino, disse ao R7 que ''tanto faz'' o voto ser aberto ou secreto já que ''neste caso daria o mesmo resultado'' e acredita que a maioria do partido votará pela expulsão de Arruda.
''Pelo que eu tenho ouvido na minha bancada no Senado e deputados com quem eu tenho conversado a posição é pela expulsão. Não posso antecipar nenhum resultado, mas a tendência majoritária é pela expulsão''.
Após a entrega, o relator do caso o ex-deputado José Thomaz Nonô vai analisar a defesa e deve apresentar seu parecer na reunião da Executiva na sexta-feira (11), que votará ou não pela expulsão de Arruda. Se for expulso, Arruda não poderá concorrer ao governo do DF nas eleições de 2010, já que acabou em outubro o prazo para se filiar a algum partido.
Pelo regimento, o voto é secreto, mas o líder do DEM na Câmara, Ronaldo Caiado (GO), e o senador Demóstenes Torres (GO) vão propor o voto aberto para os demais membros. Torres antecipou ao R7 que vai apresentar projeto para os 45 membros da Executiva que decidirão o destino de Arruda.
Destas 45 pessoas da Executiva, algumas pessoas têm direito a mais de um voto por ocupar cargo de liderança. O estatuto da sigla prevê que aplicações de medidas disciplinares sejam feitas apenas com dois tipos de votação: a secreta ou por aclamação.
A justificativa da direção do partido para adotar o voto secreto é baseada no argumento de que é necessário evitar deslizes jurídicos no processo de julgamento para reduzir as chances de Arruda conseguir, na Justiça, reverter sua punição.
Por Andréia Sadi
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