Governador e Deputados em reunião em Mato Grosso (Foto: Secom/MT)
Em meio a uma crise política interna, o governador de Mato Grosso, Silval Barbosa (PMDB), determinou a extinção da Agência Estadual de Execução dos Projetos da Copa (Agecopa). A decisão foi anunciada no começo desta tarde de terça-feira (20) em Cuiabá, após uma reunião de duas horas entre o governador e 21 dos 24 deputados estaduais. Eles puderam tomar conhecimento do projeto que criará a Secretaria Extraordinária da Copa (Secopa) em substituição à Agecopa.
A autarquia ligada à administração pública de Mato Grosso foi criada no dia 25 de setembro de 2009 para coordenar os projetos da Copa pelo então governador e atual senador Blairo Maggi (PR). A Secretaria Extraordinária continuará sendo comandada por Eder Moraes, presidente da extinta entidade.
O projeto de lei que prevê a criação da nova secretaria de governo será encaminhado ainda nesta semana à Assembleia Legislativa (AL-MT). O deputado e líder do governo Romualdo Júnior (PMDB) explicou que o projeto deve ser analisado em regime de urgência na Assembleia. Ele informou ainda que até o dia 1º de outubro a Secopa deve estar em funcionamento no estado.
Esta é a terceira mudança feita pelo governo na Agecopa. Há dois anos, a autarquia nasceu com o modelo colegiado de gestão formado por seis diretores e um diretor-presidente. No entanto, uma lei complementar aprovada em março pelos deputados fez com que o diretor-presidente se tornasse presidente da Agecopa. A justificativa dos parlamentares para a mudança na gestão seria a ineficiência na concretização e execução de projetos. Os deputados alegaram que havia demora à época nas tomadas de decisão por conta do modelo colegiado, atrasando a execução das obras necessárias para a Copa.
Na atualidade, após discussões novamente foi aprovada pelo governo uma nova mudança na Agecopa, que deve se tornar Secretaria. Assim, seus antigos diretores se tornarão secretários-adjuntos e o presidente será Secretário Extraordinário. Contudo, com a mudança, nem todos os membros da diretoria devem continuar nos cargos. Na visão do governo, a Secretaria deverá facilitar as demissões e contratações de cargos de confiança, controlar melhor os gastos públicos e uma maior interação com as demais secretarias de governo. Além disso, a mudança deve agilizar os projetos da Copa.
Com 27% da obra concluída, a obra da Arena Pantanal, que vai receber os jogos da Copa, é a mais avançada no estado. O custo total do estádio e do seu entorno é de R$ 592 milhões. Em relação às obras de mobilidade urbana, se destaca hoje a duplicação da Ponte Maria Andreazza, que liga a capital a Várzea Grande. Ela está 30% concluída. Outras 15 estão em licitação neste momento. Além disso, foi definido o Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) como o novo modelo de transporte público para a capital do estado.
Crise interna
Após a reunião, foi anunciada também que poderá haver a demissão do diretor de infraestrutura da Agecopa, Carlos Brito, que tinha entre suas atribuições acompanhar as obras da Arena Pantanal, obra mais avançada em Mato Grosso. A demissão de Brito foi pedida ao governador pelo próprio presidente da Agecopa, Eder Moraes, após discussões em meio a uma crise interna.
Há menos de 20 dias, Brito e Moraes protagonizaram uma discussão acalorada no plenário da Assembleia com trocas de acusações. Éder Moraes foi acusado por Brito de ser centralizador e de não divulgar os projetos da Copa do Mundo para os demais diretores. Diante desta postura, Eder pediu a demissão do então diretor. Outras baixas aconteceram ao longos dos anos. A entidade chegou a ser gerida por Adilton Sachetti, que deixou o cargo no ano passado; e por Yenes Magalhães, que saiu da Agecopa este ano para dar lugar a Eder Moraes.
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