Governo do Rio nega viagem de Cabral na manhã anterior a acidente

Governo do Rio nega viagem de Cabral na manhã anterior a acidente

Fonte: Atualizado: sábado, 31 de maio de 2014 às 09:36

A assessoria de imprensa do Governo do Rio de Janeiro negou nesta segunda-feira que o governador Sérgio Cabral (PMDB-RJ) tenha viajado a Porto Seguro na manhã do dia 17 de junho, no mesmo dia do acidente com um helicóptero deixou sete mortos, incluindo Mariana Noleto, namorada de um dos filhos do governador.

"O governador Sérgio Cabral embarcou do Rio de Janeiro para Porto Seguro na sexta-feira, 17 de junho, às 17h, do Santos Dumont", diz nota da assessoria do Governo do Rio.

Ainda de acordo com Governo do Rio, a informação poderia ser confirmada no aeroporto Santos Dumont e também na Escola Britânica, onde o governador passou para ver os filhos pouco antes de embarcar.

Procurados, o aeroporto Santos Dumont e a Aeronáutica afirmaram que a informação sobre o horário de saída do avião é sigilosa. Já na Escola Britânica, não foram localizadas pessoas que pudessem confirmar a presença de Sérgio Cabral no local.

Cabral voou em um avião do empresário Eike Batista para a Bahia para participar da comemoração do aniversário do empreiteiro Fernando Cavendish, dono da Delta Construções, em 17 de junho.

A festa, contudo, não aconteceu porque o helicóptero Esquilo PR-OMO caiu no mar por volta das 19h, matando o piloto e os seis passageiros --entre eles, Mariana Noleto, namorada de um dos filhos do governador, e Jordana Kfuri Cavendish, mulher do aniversariante.

A presença de Cabral ainda pela manhã foi confirmada por funcionários da Fazenda Jacumã, um condomínio de casas luxuosas a 72 km de Porto Seguro, onde ocorreria a festa de Cavendish, conforme a Folha revelou.

Dois funcionários que pediram para ter a identidade preservada relataram à Folha terem visto o governador no local antes do meio-dia.

O avião que transportou o governador à Bahia deveria pousar na pista do Terravista, um condomínio de luxo a cerca de 20 km de Jacumã.

Segundo funcionários do aeroporto privado ouvidos pela Folha, a gerência da Jacumã telefonou na manhã do dia 17 para perguntar se um jato com o governador do Rio poderia pousar na pista e se o helicóptero Esquilo, pilotado por Marcelo Mattoso Almeida (uma das vítimas), poderia levá-lo à fazenda, a 10 minutos de voo.

Como o tempo estava chuvoso e o Terravista não opera pousos e decolagens por instrumentos, os operadores indicaram que a aeronave deveria se dirigir a Porto Seguro. Almeida era um dos donos da Jacumã.

A administração do Aeroporto de Porto Seguro e a Aeronáutica não se manifestaram sobre o horário da chegada do jato privado com Cabral e os voos realizados pelo helicóptero de Almeida.

Na reportagem da Folha, publicada nesta segunda-feira, já constava a informação da assessoria de Cabral de que ele embarcou do Rio para Porto Seguro às 17h do dia 17. A mesma informação foi prestada pela EBX, do empresário Eike Batista, proprietário do jato que levou o grupo à Bahia.

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