O sindicato suspendeu, nesta quarta-feira (14), a greve dos rodoviários em Belo Horizonte e na Região Metropolitana. De acordo com a categoria, a orientação é de que os trabalhadores façam normalmente a jornada na parte da manhã, e compareçam a uma assembleia à tarde. Ainda segundo o sindicato, a suspensão foi tomada em reunião na noite desta terça-feira (13) para que a proposta dos patrões seja avaliada.
Na noite desta terça-feira, os representantes dos sindicatos dos trabalhadores e das empresas responsáveis pelo transporte público participaram de uma audiência na sede do Tribunal Regional do Trabalho (TRT) e decidiram permanecer pela paralisação. Nesta sessão, o desembargador apresentou uma proposta de 9% de reajuste salarial.
Os rodoviários entraram em greve na segunda-feira (12) na Região Metropolitana de Belo Horizonte porque recusaram a proposta patronal. De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários de Belo Horizonte e Região (STTRBH), motoristas, cobradores e despachante reivindicavam 20% de reajuste.
O Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros Metropolitano (Sintram) e o Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de Belo Horizonte (SetraBH)informaram que oferecem aumento de 13%, mas a entidade que representa os trabalhadores alega que o aumento registrado em ata é de 6%. De acordo com a Empresa de Transportes e Trânsito de Belo Horizonte (BHTrans), 1,6 milhão de passageiros dependem do transporte coletivo diariamente.
Prejuízo
Com a greve dos rodoviários de Belo Horizonte e Região Metropolitana, o prejuízo para o comércio da capital, somente nesta segunda-feira (12), poderia chegar a R$ 15,23 milhões. "Com a paralisação no sistema de transporte coletivo, muitos comerciantes tiveram a equipe reduzida, alguns nem puderam abrir as portas, já que os funcionários não conseguiram chegar ao local de trabalho", afirmou o presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL/BH), Bruno Falci.
De acordo com o presidente da CDL/BH, legalmente, os lojistas não podem descontar dos funcionários a remuneração e os benefícios correspondentes à ausência no trabalho, devido à greve dos rodoviários.
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