Haddad diz que Kassab errou na restrição de caminhões

Haddad diz que Kassab errou na restrição de caminhões

Fonte: Atualizado: sábado, 31 de maio de 2014 às 09:15

iG São Paulo

Livre para criticar a gestão do atual prefeito, petista afirma que houve &falta de planejamento& da administração de São Paulo

Livre para criticar a gestão do prefeito Gilberto Kassab, depois que o PSD embarcou na campanha do pré-candidato do PSDB, José Serra, o pré-candidato petista à sucessão municipal na capital paulista, Fernando Haddad, disse que houve "falta de planejamento" da administração municipal em São Paulo na implementação da medida que restringiu a circulação de caminhões pesados na Marginal do Tietê.

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O ex-ministro e pré-candidato à Prefeitura de São Paulo, Fernando Haddad, durante evento em São Paulo

Foto: AE

 

A medida provocou desabastecimento dos postos da cidade, em razão do protesto dos caminhoneiros autônomos que fazem o transporte de combustível na cidade. A restrição à circulação de caminhões na Marginal Tietê e em outras 25 vias da capital começou a vigorar em dezembro do ano passado, porém, as multas começaram a ser aplicadas na última segunda-feira.

Na avaliação de Haddad, todo esse episódio foi marcado pela "falta de planejamento" e de diálogo dos agentes municipais da gestão de Kassab com os motoristas. "Quando se comete um erro estratégico, você acaba tendo de fazer remendos. Quando você erra no planejamento, você acaba tendo que, açodadamente, se precipitar e nem sempre se estabelece o diálogo necessário para se construir uma saída", disse ele, na manhã desta quarta-feira, após assinar carta-compromisso com o desenvolvimento sustentável de São Paulo.

Para o petista, a Prefeitura também cometeu um erro estratégico, ao abandonar os investimentos em uma matriz multimodal. E como consequência, está sofrendo os reflexos de uma medida (restrição de caminhões) emergencial. "Nós cometemos um erro estratégico, que foi abandonar os investimentos em uma matriz multimodal. Ao abandonar essa perspectiva, você é desafiado pelo curto prazo", argumentou.

Ao assinar o documento, Haddad voltou a alfinetar o tucano José Serra. "É preciso que as pessoas, quando assinam um documento, o leiam com certa regularidade para não esquecer o compromisso que assumiu. Aí a cidade vai avançar", disse.

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O documento assinado pelo pré-candidato faz parte do Programa Cidades Sustentáveis, da Rede Nossa São Paulo. Além de Haddad, assinaram a carta-compromisso os pré-candidatos Gabriel Chalita (PMDB), Soninha Francine (PPS) e Netinho de Paula (PCdoB), que se comprometeram em fazer um diagnóstico da situação da cidade em 90 dias após a posse e estabelecer um plano de metas contemplando 12 eixos do programa, o qual abrange temas como mobilidade, educação e planejamento urbano, entre outros.

"Haddad fez questão de fazer da assinatura um evento público", destacou Oded Grajew, coordenador-geral da entidade. "Pode ter certeza de que isso aqui não é só um papel assinado", garantiu Haddad, que pretende usar a plataforma da Rede Nossa São Paulo em seu futuro plano de governo.

No discurso, o petista disse que há dois tipos de políticos tradicionais: os que cumprem e os que não cumprem os compromissos assumidos ou fogem deles. "Penso que precisamos inaugurar uma nova fase na cidade de São Paulo e no Brasil, que é assumir compromissos e honrá-los", cutucou o pré-candidato. O petista vem se referindo com frequência à renúncia de José Serra à prefeitura em 2006, quando se lançou candidato ao governo do Estado. Eleito em 2004, Serra renunciou com menos de um ano e meio de mandato.

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Para o pré-candidato, a população não desculpa quem assume um compromisso e não o cumpre. "Ninguém perdoa quando você podia ter feito e simplesmente não fez ou deixou de lado o que se assumiu publicamente", considerou.

Haddad disse também que o plano de metas estabelecido pela gestão de Gilberto Kassab (PSD) ficou "aquém do razoável" e Grajew lembrou que o atual prefeito não atendeu um de seus compromissos de governo: o atendimento das 174 mil crianças fora de creches. "O Kassab prometeu zerar o déficit em creches", comentou Grajew.

Com Agência Estado


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