Hélio Costa diz que PSDB aplica mal as verbas federais

Hélio Costa diz que PSDB aplica mal as verbas federais

Fonte: Atualizado: sábado, 31 de maio de 2014 às 10:12

Em mais um debate entre os candidatos ao governo de Minas (Rede TV/Folha), o terceiro realizado no intervalo de dez dias o ex-ministro Hélio Costa (PMDB) criticou o que chamou de “falta de empenho” da atual gestão estadual em recuperar a situação das estradas federais em Minas.

Foi o próprio candidato à reeleição Antônio Anastasia (PSDB) que levantou o tema, quando perguntou diretamente ao peemedebista qual era a sua opinião sobre a situação das estradas e sobre obras de responsabilidade do Governo Federal, como o rodoanel de Belo Horizonte e a duplicação da BR 381, que liga a capital mineira a Vitória, no Espírito Santo. “O governo estadual atual teve oito anos e não se comprometeu com essas obras. É por isso que minha proposta é a transferência dos recursos do Governo Federal para o estado, porque assim vamos administrar ainda melhor. Essas obras serão realizadas nos próximos quatro anos com recursos federais”, disse.

Em sua réplica, Anastasia lembrou que Minas Gerais tem dois tipos de rodovias – federais e estaduais – e que a malha precária é de responsabilidade do Governo Federal. “Em Minas, nas estradas estaduais, nós empreendemos um programa revolucionário, que foi o Proacesso, que levou asfalto a centenas de cidades que não tinham esse acesso”, afirmou.

Costa criticou a gestão tucana no Governo Federal durante a gestão do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e também . “O estrago que FHC causou eliminando o percentual cobrado nos combustíveis que era para ser aplicado na conversação das estradas federais é sentido até hoje. A atual gestão teve oito anos para interessar mais pelo tema e não o fez, nós vamos mudar isso. Outra coisa que temos que esclarecer é que as obras do Proacesso e do ProMG, que o PSDB tanto fala, foram feitas com verbas que foram negociadas ainda no governo de Itamar Franco que FHC bloqueou e somente receberam o aval no governo Lula. Aí, o governo de Minas teve o dinheiro para fazê-las”, disse.

Anastasia diz que não tem medo de criticar Lula

Costa voltou a dizer que é importante a afinidade entre os governos Federal e estadual e que, com a eleição da candidata à Presidência Dilma Rousseff (PT), “Minas Gerais não pode ficar na oposição”. “É muito importante a relação do Governo Federal com o governo do estado, as transferências do dinheiro de uma para o outro foram usadas erradamente pelo governo estadual em várias obras e projetos. Nós vamos corrigir isso”, declarou Costa.

Ao ser perguntado por um jornalista se “escondia o candidato à presidência José Serra (PSDB), incentivando o ‘Dilmasia’ e não criticando o presidente Lula com medo de perder votos”, Anastasia aproveitou para responder à Hélio Costa, sem citá-lo. “Não tenho medo de criticar o governo Lula. Não há esse receio. Quando é preciso criticar o Governo Federal, como no caso da precariedade das estradas federais, nós o fazemos. Sobre o Serra não existe isso de ‘escondê-lo’. Ele está o tempo todo vindo a Minas. O que temos é uma questão de diferença de estratégia para as campanhas a governador e a presidente. Por fim, não temos medo de perder votos, pois em Minas quem decide seu voto são os mineiros, com total autonomia e independência, e sabemos que as eleições serão decididas somente em 3 de outubro”, concluiu.

Costa diz que não tem culpa pela corrupção nos Correios

O ex-ministro Hélio Costa também foi questionado pelos jornalistas se, de alguma forma, “se sentia responsável” pelos casos de corrupção nos Correios. O candidato respondeu que não era responsável pelas decisões de outras pessoas. “Não tenho nenhuma responsabilidade pelos casos de corrupção nos Correios. Em minha gestão no Ministério das Telecomunicações, os Correios apresentaram lucro de mais de R$ 700 milhões por ano. Não posso assumir a responsabilidade por atos de outras pessoas”, declarou.

O debate foi promovido pela Rede TV e pelo jornal Folha de S. Paulo, nesta quarta-feira (22), em Belo Horizonte, com presenças de quatro candidatos ao governo de Minas – Anastasia, Costa, os dois primeiros nas diversas pesquisas de intenção de votos realizadas até agora, e dos candidatos minoritários Luiz Carlos (PSOL) e José Fernando (PV). Novamente, coube a Hélio Costa a agressividade durante as perguntas e respostas do debate, sempre citando “problemas” que percebe na gestão tucana e enfatizando que é “fundamental” ter um bom relacionamento com o Governo Federal. Anastasia preferiu, assim como já fizera no debate anterior, citar as "boas realizações" de "sua" administração.

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