Hélio Costa tenta provocar segundo turno em último debate na TV

Hélio Costa tenta provocar segundo turno em último debate na TV

Fonte: Atualizado: sábado, 31 de maio de 2014 às 10:12

Encontro pode ser a chance final para o peemebista pressionar Anastasia e levar a decisão das eleições para o dia 31 de outubro Se continuar seguindo o roteiro dos últimos quatro debates da televisão entre os candidatos ao governo de Minas, o ex-ministro Hélio Costa (PMDB) deve manter os questionamentos que tem feito ao candidato à reeleição Antônio Anastasia (PSDB). Costa já afirmou que os tucanos priorizaram mal os investimentos, não souberam investir adequadamente as verbas federais em Minas, os acusou de ficarem com o crédito de obras alheias e também disse que o governador omitiu a informação sobre verbas federais que já estariam aprovadas para obras e projetos no estado.

Somente no primeiro debate, realizado na Band Minas antes do início do horário eleitoral, Anastasia, que ainda estava atrás nas pesquisas, tomou a iniciativa e, em tom mais agressivo, acusou Costa de má gestão e corrupção no Ministério das Telecomunicações e nos Correios, empresa pública ligada à pasta do então ministro. Depois disso, com a indicação dos números das pesquisas favoravelmente ao tucano, em todos os encontros seguintes Anastasia limitou-se a responder os questionamentos de Costa e a afirmar que o peemedebista não conhecia os números do estado.

O debate desta terça-feira (28) pode ser a última chance de Costa questionar publicamente Anastasia e de impedir que o atual governador seja reeleito já no primeiro turno das eleições de 3 de outubro, caso consiga provocar algum constrangimento ou irritação públicos no tucano. O encontro acontece a partir das 22h30 nos estúdios da TV Globo Minas, em Belo Horizonte, com transmissão ao vivo para todo o estado.

A pesquisa do Ibope - encomendada pela TV Globo e pelo jornal "Estado de S. Paulo" para a disputa ao governo de Minas Gerais - divulgada no dia 27 de setembro mostra o Anastasia com 46% das intenções de voto, contra 33% de Costa. Com o resultado, o tucano tem 13 pontos percentuais à frente do peemedebista e venceria ainda no primeiro turno.

Hélio Costa dominou todas as pesquisas de intenção de votos realizadas entre janeiro e agosto deste ano e chegou a ter 24 pontos percentuais de diferença para Anastasia. A partir do mês de setembro, quando a campanha tomou as ruas, Costa viu o tucano virar o jogo. Foram vários empates técnicos nos números das pesquisas de intenção de votos realizados pelos principais institutos – Vox Populi, Ibope e Datafolha – até a diferença de votos crescer e indicar a vitória do governador mineiro já no primeiro turno.

Costa usou sua proximidade com Lula para tentar barrar arrancada de Anastasia

Costa até tentou se utilizar de sua proximidade com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e com a candidata à Presidência Dilma Rousseff (PT) para barrar o crescimento de Anastasia, mas o “cabo eleitoral” do tucano foi mais forte. Anastasia era vice-governador de Aécio Neves (PSDB), ex-governador e candidato ao Senado com mais de 65% das intenções de votos segundo todas as pesquisas realizados em 2010. Anastasia utilizou-se da aprovação positiva de Aécio e, apesar de ser sua primeira eleição majoritária, conseguiu reverter um quadro que cientistas políticos achavam impossível há três meses.

Costa por sua vez não conseguiu transferir a popularidade do presidente Lula e também do vice em sua chapa, o também petista Patrus Ananias, para sua candidatura. E além de ver Anastasia ultrapassá-lo, também perdeu quase dez pontos percentuais nas pesquisas de intenção de votos. Se confirmada a vitória de Anastasia, o peemedebista sofrerá sua terceira derrota na disputa ao governo de Minas. Em 1994, foi derrotado por Hélio Garcia (PP) e em 1998 por Eduardo Azeredo (PSDB). Nesses anos, entretanto, Costa levou as eleições para o segundo turno.

Além de Costa e Anastasia, participam do debate os candidatos Luiz Carlos (PSOL), José Fernando (PV), Fabinho (PCB) e Edilson Nascimento (PTdo B), que têm representação partidária no Congresso Federal, Cada um deles aparece apenas com 1% das intenções de votos segundo diversas pesquisas de intenção de votos. Não haverá a participação de jornalistas, apenas perguntas entre candidatos.

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