Acidente matou duas pessoas e feriu 32
(Foto: Reprodução RPCTV)
Nesta sexta-feira (10), a investigação sobre o acidente que matou duas pessoas e feriu 32 na Praça Tiradentes de Curitiba completa um ano. O inquérito não foi encaminhado para o Ministério Público por falta de documentos.
Um ônibus da linha Colombo/Cic desgovernado subiu na calçada, atingiu pessoas que estavam no ponto de ônibus e entrou em uma loja. O acidente é considerado o pior envolvendo o transporte coletivo da cidade.
O motorista do veículo foi apontado pela Delegacia de Delitos do Trânsito como o responsável pelo acidente, uma vez que o laudo feito pelo Instituto de Criminalística do Paraná descartou que tenha ocorrido alguma falha mecânica no veículo.
Em entrevista ao G1 , o delegado Armando Braga afirmou que o laudo apontou que mesmo se o motor do ônibus tivesse sido submetido à potência máxima, o sistema de freios teria capacidade para parar o veículo.
Em depoimento, o motorista afirmou à polícia que, repentinamente, o ônibus teria passado a acelerar sozinho e que ele acionou o sistema de freios, mas o veículo não parou.
Na ocasião, o motorista foi preso em flagrante por duplo homicídio culposo ou seja, sem intenção de matar - e obteve o direito de aguardar em liberdade o desfecho das investigações. Segundo o porta-voz do Sindicato das Empresas de Transporte Urbano de Curitiba e Região Metropolitana (Setransp), Alexandre Teixeira, o condutor está afastado para tratamento psicológico pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Não existe previsão para o retorno às atividades, pois é necessária uma perícia médica sobre as condições do motorista.
Braga afirmou que o inquérito não foi encaminhado para o Ministério Público porque o Instituto Médico-Legal do Paraná (IML), não entregou laudos considerados imprescindíveis, como o de necropsia de uma das vítimas e laudos de lesão corporal.
Para os familiares das vítimas, além do sentimento da perda, o maior incômodo é a falta de esclarecimentos. "A gente fica sem resposta, é complicado. Só resta se conformar, porque é sempre assim", afirmou Fabrício Camargo, filho do ex-funcionário do Teatro Guaíra, Edson Pereira.
Fabrício disse que não pensa em buscar outras formas de resolver a situação na Justiça. "Não penso nisso. Nada disso pode trazer meu pai de volta", disse.
Nesta sexta-feira, às 17h, na Praça Tiradentes, o Movimento Passe Livre vai organizar uma manifestação para lembrar as vítimas.
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