Inquérito policial que apura causas do acidente da Renascer intima mais 17 testemunhas para depoimento
A Polícia Civil de São Paulo, por meio da 1ª Delegacia Seccional, começou a montar, na última segunda-feira, 19 de janeiro, as peças da investigação sobre o desabamento do teto da sede da Igreja Renascer em Cristo. Dez testemunhas já foram ouvidas pela polícia, todas elas fiéis, e outras 17 pessoas foram intimadas para prestar depoimento nos próximos dias. Caso seja comprovada culpa, os responsáveis podem ser indiciados até por homicídio doloso.
O delegado Dejar Gomes Neto, titular da 1ª Seccional, concedeu entrevista coletiva nesta terça-feira, 20, e comentou o início das investigações sobre o caso. Segundo ele, "a idéia é ouvir todas as pessoas que tiveram alguma ligação com o acidente, desde as vítimas até os responsáveis pela liberação do alvará de funcionamento da sede da igreja". Serão ouvidos também membros da igreja e profissionais responsáveis por eventuais obras no imóvel.
Até o momento, o inquérito policial conta com duzentas páginas, dividas entre fotos do local e informações de testemunhas, que começaram a ser colhidas no mesmo dia do acidente. Foram ouvidas dez pessoas, entre vítimas do acidente e membros da igreja. O local mais afetado pelo desmoronamento foi a região central do imóvel. "O teto da igreja começou a ruir no lado esquerdo do altar e quem estava nas laterais foi menos atingido", disse o delegado.
O laudo pericial, peça considerada fundamental na montagem do inquérito e sob responsabilidade do Instituto de Criminalística (IC), irá constatar tecnicamente as causas do desabamento do teto da Renascer. Por isso, desde domingo, 18, data do acidente, os peritos já começaram a retirar materiais para análise técnica da estrutura do templo. Para o delegado Dejar, esse recolhimento de evidências deve acontecer à medida que é feita a demolição do local por uma empresa especializada, para facilitar o acesso dos peritos.
"A idéia da polícia é concluir o caso o mais rápido possível, e as investigações começam com apuração sobre as causas do acidente, seguida de lesão corporal grave. Porém, pode-se chegar ao indiciamento de culpados até por homicídio culposo ou doloso, caso sejam constatadas evidências de negligência, imprudência ou imperícia", explica.
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