Intensificação de policiamento na USP trouxe redução de crimes, diz PM

Intensificação de policiamento na USP trouxe redução de crimes, diz PM

Fonte: Atualizado: sábado, 31 de maio de 2014 às 09:42

O major José Luiz de Souza, comandante interino do 16º Batalhão da Polícia Militar, disse na tarde desta quinta-feira (19) que a intensificação do policiamento dentro da Universidade de São Paulo (USP), que ocorre desde 25 de abril, provocou a redução de crimes como furto e roubos no campus. O estudante Felipe Paiva, de 24 anos, foi morto na noite desta quarta-feira (18) perto de seu carro em um estacionamento da Faculdade de Economia e Administração (FEA).

“Recentemente, tivemos uma reunião com a assistência reitoria da USP tendo em vista o aumento de furto de veículos no interior do campus. A partir de então, tivemos acréscimo de policiamento no campus da USP: são quatro viaturas a mais e uma patrulha de moto”, afirmou. “Os números a partir de 25 de abril são favoráveis. Tivemos 17 furtos de veículos no mês passado.

Neste mês, até hoje [quinta-feira], foram dois casos. Com relação a roubo a transeuntes, tivemos sete casos o mês passado. Até agora, tivemos três. As estatísticas mostram que essa intensificação foi favorável, já está dando retorno positivo para nós”, completou.     Antes, apenas um veículo da PM fazia a ronda no campus durante 24 horas. Segundo o major, esses novos veículos ficam estacionados em pontos específicos da USP e “são realizados dois bloqueios de trânsito por dia no interior do campus”. Neste ano, foram registrados quase 70 furtos na USP, cerca de 20 roubos e mais de 20 furtos de veículos, segundo dados da universidade. Só a Guarda Universitária fez 600 atendimentos ao público em 2011.

A presença da Polícia Militar provoca polêmica na USP e divide os alunos. “Por não existir um policiamento regular, os criminosos entram aqui já sabendo que vai ser mais fácil roubar”, acredita a estudante Carolina Maria. Representante do Diretório Central dos Estudantes, Renan de Oliveira discorda. “Há várias outras ferramentas para trazer segurança aos estudantes de outra maneira que não seja a Polícia Militar”, defende.

Carta aberta

Estudantes da FEA entregaram nesta manhã uma carta aberta à reitoria da universidade lamentando a morte do estudante Felipe Ramos de Paiva e pedindo mais segurança no campus. Centenas de estudantes seguiram em passeata da FEA até a reitoria para a entrega do documento.

A carta foi recebida pelo chefe de gabinete da reitoria, Alberto Carlos Amadio, que se comprometeu a analisá-la e a ir até a FEA ainda nesta quinta. Antes da passeata, os estudantes se reuniram em frente à FEA para ler seu conteúdo, e fizeram um minuto de silêncio em memória do colega morto.

As aulas da FEA foram suspensas em todos os períodos nesta quinta, e devem ser retomadas na sexta-feira (20). O Centro Acadêmico Visconde de Cairu pretende realizar reuniões abertas com os estudantes durante o dia, e tem mais um ato em memória de Felipe previsto para o período da noite nesta quinta.

O estudante foi baleado no estacionamento em frente à FEA, quando chegava a seu carro, que é blindado. O criminoso fugiu sem aparentemente levar nada. O diretor da faculdade, Reinaldo Guerreiro, disse que o crime foi um choque, e que poderia ter acontecido em qualquer unidade.          

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