Visivelmente irritada, a presidente Dilma Rousseff se reuniu na manhã quinta-feira (4) com os ministros Ideli Salvatti (Relações Institucionais), Gilberto Carvalho (Secretaria-Geral), Gleisi Hoffmann (Casa Civil) e Helena Chagas (Comunicação Social) para discutir novas declarações dadas pelo titular da Defesa, Nelson Jobim, que pode perder o cargo nas próximas horas. A nova polêmica que o envolve são críticas ao núcleo do governo em declarações à revista Piauí.
À publicação, Jobim chamou de atrapalhada a política do governo para divulgação de dados sigilosos e chamou a ministra das Relações Institucionais, Ideli Salvatti, de fraquinha. Ele disse ainda que a ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, nem sequer conhece Brasília. O ministro da Defesa se reuniu com Dilma na quarta-feira (3) e não entregou o cargo depois de outras declarações polêmicas.
A um assessor próximo da presidente e que se diz cauteloso sobre as chances de demissão do ministro ainda hoje - Dilma afirmou que se pudesse arrumaria um cargo para o Jobim na Amazônia e deixaria ele por lá. O ministro da Defesa viajou ao Estado para assinar um plano de Defesa Nacional. Ele está acompanhado do vice-presidente, Michel Temer, e do ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo. Jobim deve retornar à noite.
Na semana passada, o peemedebista afirmou ao programa "Poder e Política - Entrevista", uma parceria da Folha de S.Paulo, Folha.com e UOL, que votou em seu amigo José Serra nas eleições presidenciais de 2010 e que o tucano teria tomado as mesmas medidas de Dilma para afastar suspeitos de corrupção do Ministério dos Transportes.
Série de polêmicas
Jobim também teve de se explicar a Dilma há pouco mais de um mês, quando foi ao aniversário de 80 anos do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e sugeriu que a atual ocupante do Palácio do Planalto tem um estilo autoritário. Em outras declarações, o ministro elogiou a presidente e disse que sua relação com ela é ótima.
Antes da reunião, também em entrevista ao Poder e Política Entrevista, Ideli afirmou que Jobim tem dado declarações "desnecessárias" e deveria se "conter um pouquinho. O peemedebista foi mantido no cargo no início do atual governo por conta da insistência do antecessor de Dilma, Luiz Inácio Lula da Silva.
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