Jaleco só pode ser utlizado dentro de hospitais

Jaleco só pode ser utlizado dentro de hospitais

Fonte: Atualizado: sábado, 31 de maio de 2014 às 10:20

O jaleco, Equipamento de Proteção Individual (EPI) indispensável para profissionais da saúde, ainda se faz presente fora do ambiente de trabalho. A preocupação é que o uso indevido dessa vestimenta transforme-se em um meio de contágio de germes por aqueles profissionais que, mesmo sem querer, acabam saindo de seus locais de trabalho trajando jalecos.

Mas até que ponto esse comportamento pode trazer riscos aos pacientes dentro do hospital? Especialistas, porém, afirmam que não existe nenhum estudo específico que comprove essa possível contaminação.

Para Moacir Pires Ramos, infectologista do Hospital do Trabalhador, o problema pode estar na situação oposta. “O médico usa o seu jaleco para se proteger de secreções emanadas do paciente. As bactérias que ele possa estar exposto no meio ambiente são aquelas que todos nós estamos”, explica.

Portanto, bactérias provenientes dos hospitais seriam mais perigosas à sociedade. “As bactérias de alta periculosidade são aquelas que estão dentro dos hospitais, denominadas multiresistentes e, portanto, mais perigosas para a sociedade”, diz Alceu Fontana Pacheco Junior, presidente da Associação Paranaense de Infectologia.

Segundo Ramos, “o ideal é usar o jaleco apenas dentro da unidade de saúde. Deixa na unidade ou embrulha para ser lavado corretamente após o expediente. Isso faz parte da educação básica do profissional de saúde”, ressalta.

Decreto

Sancionada pelo governador Orlando Pessuti em maio passado, a lei que proíbe profissionais da saúde utilizar jalecos, aventais e outros equipamentos em ambientes como bares, lanchonetes e restaurantes, ainda não está sendo fiscalizada pela Vigilância Sanitária do Paraná.

“A lei para ser regulamentada precisa de um decreto que já estamos trabalhando em cima. Temos que elaborar como será a abordagem da Vigilância Sanitária, bem como as ações que vamos executar nessa fase. Mais que uma fiscalização, queremos fazer uma grande orientação aos profissionais da saúde sobre esse comportamento”, explica Maria Luiza Minuzzi, técnica da Vigilância Sanitária da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa).

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