O juiz Marcelo Alexandrino, de 39 anos, baleado em uma blitz no dia 2 de outubro, vai participar da reconstituição do crime, às 22h desta quarta-feira (3), na autoestrada Grajaú-Jacarepaguá, que liga as zonas Oeste e Norte do Rio.
Além do juiz, cinco policiais que participaram da ação e uma testemunha, que também teve o carro atingido, vão estar presentes no local.
No dia 14 de outubro, o magistrado prestou depoimento à polícia. Foram ouvidas ainda sua mulher e sogra, que também estavam no carro.
Além dele, o filho Diego, de 11 anos, e a enteada Nathália, de 8, também foram atingidos pelos disparos. Diego teve perfuração nos dois pulmões, e Nathália teve perfuração no estômago, no fígado e também no pulmão. Os dois já tiveram alta
Policiais estão presos
O juiz alega que como os policiais não estavam uniformizados, ele achou que se tratavam de criminosos e tentou fugir. Dois policiais que participaram da operação foram afastados, indiciados pela Corregedoria por tentativa de homicídio e tiveram a prisão temporária decretada pela Justiça. Eles já se entregaram à polícia.
O magistrado afirmou que pretende processar o estado. No entanto, ele diz que ainda não sabe quando vai entrar com a ação.
Críticas à conduta da polícia
O juiz criticou a ação dos dois policias presos acusados de terem feito os disparos. Ele rebateu a afirmação deles de que falta treinamento na polícia.
O problema não é só de treinamento, é uma questão de conduta. Não se bate pelas costas e também não se atira pelas costas. Isso não tem a ver com treinamento, isso se aprende dentro de casa, disse ele.
Posição da Polícia Civil
Segundo a diretora da Acadepol, Fabíola Machado de Araújo, no treinamento dado aos policiais há um curso chamado Uso Progressivo da Força, que consiste em preparar os agentes para agir em determinadas situações, como uma abordagem, uma blitz, e que o disparo é a última medida que o policial deve adotar.
A Polícia Civil informou também que o treinamento com armas é feito com fuzil, pistola e escopeta, e é oferecido pela Coordenadoria de Operações e Recursos Especiais (Core). Também são dadas aulas de defesa pessoal e há um estágio em delegacias de 120 horas.
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