Juiz no Rio mantém prisão de pai da menina Joanna Marcenal

Juiz no Rio mantém prisão de pai da menina Joanna Marcenal

Fonte: Atualizado: sábado, 31 de maio de 2014 às 10:01

O juiz Guilherme Schilling Pollo Duarte, do 3º Tribunal do Júri do Rio de Janeiro, indeferiu o pedido de revogação de prisão preventiva de André Rodrigues Marins, acusado de tortura e homicídio qualificado, na forma omissiva, da própria filha: Joanna Cardoso Marcenal Marins. A decisão foi tomada na terça-feira (11). Esta é a terceira vez que o magistrado indefere o pedido de liberdade feito pela defesa de Marins . Joanna Marcenal, de 5 anos, morreu no dia 13 de agosto de 2010 vítima de meningite, contraída pelo vírus da herpes, após 26 dias em coma.   Marins e a esposa dele, madrasta da menina, Vanessa Maia Furtado, são acusados pelos mesmos crimes. “Há elementos suficientes para manter o acusado na prisão, principalmente, após a confirmação, em juízo, pela testemunha Gedires Magalhães de Freitas, empregada da família, quanto ao estado em que encontrou a menina quando foi trabalhar na residência do casal”, ressaltou Schilling.

Na decisão, o juiz registra que Joanna iniciou quadro convulsivo, no mínimo, no dia 13 de julho de 2010. De acordo com Schilling, a partir do dia 9 a menina já não era mais vista no colégio, e que, baseado no laudo do Instituto Médico Legal (IML), os ferimentos da criança ocorreram no período em que ela estava sob a guarda do pai.

“A medida foi decretada primordialmente para viabilizar a imaculada colheita de provas, de forma a impedir qualquer influência no esclarecimento da verdade dos fatos”, concluiu Schilling, na decisão.

Na próxima semana, a 2ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio deverá julgar o mérito do habeas corpus impetrado pela Defesa de André Marins.

Entenda o caso

Joanna morreu em agosto de 2010 . O episódio da morte da menina envolve acusações de maus-tratos à criança e ainda erro médico, já que Joanna chegou a ser atendida por um falso médico.

Na época das investigações, a babá Gedires Magalhães de Freitas foi à polícia e contou que encontrou Joanna suja de fezes, com as mãos amarradas e deitada sob um colchão. Nesta segunda-feira, a babá voltou a afirmar que a menina vivia em condições precárias de higiene.

“Eu me assustei quando vi aquela cena, logo no meu primeiro dia de trabalho, e quando perguntei ao André porque a Joanna estava naquelas condições ele me disse que era por ordens médicas. Ele também pediu que eu não limpasse a menina e nem chegasse perto”, relatou a babá.

Gedires afirmou ainda que trabalhou no apartamento do casal por 15 dias e que foi demitida por não aceitar dormir na casa.

Apesar das condições em que contou que a menina vivia, Gedires afirmou que André Marins era um pai carinhoso e que chamava as filhas de “minhas princesas”. Ela também falou que durante o período em que trabalhou não presenciou cenas de agressão física contra Joanna.    

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