'Justiça começa a ser feita', diz pai de aluno morto na USP

'Justiça começa a ser feita', diz pai de aluno morto na USP

Fonte: Atualizado: sábado, 31 de maio de 2014 às 09:38

Letícia Macedo Do G1 SP

imprimir Pai de estudante morto na USP soube de assalto

pela sogra do filho (Foto: Juliana Cardilli/G1) O pai do estudante Felipe Ramos de Paiva, o projetista Ocimar Paiva, de 52 anos, afirmou na manhã desta sexta-feira (17) que a prisão do suspeito de participar do assassinato de seu filho no campus da Universidade de São Paulo (USP) mostra que “a Justiça começa a ser feita”. Irlan Graciano Santiago, de 22 anos, havia se apresentado espontaneamente à polícia há uma semana, mas não tinha ficado preso, o que revoltou a família.

“A gente tinha ficado indignado com a Justiça, porque a gente achou que ele poderia fugir. A gente ficou, de certo modo, aliviado com a prisão, porque ele vai começar a pagar pelo o que ele fez. A Justiça começa a ser feita”, disse o projetista ao G1 por telefone.

No dia 9 de junho, quando se apresentou à polícia, Santiago alegou ter participado do crime “por necessidade” e afirmou que o disparo que matou o estudante foi dado por um colega. Por não ter antecedentes criminais, ter residência fixa e não haver flagrante, não ficou detido ao se apresentar. Ele foi preso nesta quinta após a decretação da prisão preventiva.   “Ele saiu dando risada. Disse que ele reagiu e tomou bala como se fosse uma coisa banal. Nós ficamos revoltados dele dizer isso e ir embora. Mas a decisão da Justiça [de prendê-lo] veio rápido”, declarou.

A família espera que Santiago, preso na favela, diga o nome do colega que participou da ação com ele. “A polícia está empenhada. A gente espera que ele fale quem foi o outro que participou do crime para os dois pagarem pelo crime bárbaro que cometeram. Eles não deram chance de defesa. Meu filho foi assassinado cruelmente pelas costas”, disse.

Transferência

Irlan Graciano Santiago foi levado nesta quinta-feira para a sede do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), no Centro de São Paulo. Ao deixar o prédio para ser submetido a exames no Instituto Médico-Legal (IML), negou ter matado o estudante. "Não matei ninguém", afirmou. Ele passou a noite em uma cela no 2º Distrito Policial, no Bom Retiro, região central de São Paulo, mas deve ser transferido para uma unidade prisional ainda nesta sexta.

Crime

O universitário, que tinha 24 anos, foi atingido com um tiro na cabeça no estacionamento da Faculdade de Economia e Administração (FEA), durante tentativa de roubo de seu carro, no dia 18 de maio. Segundo o delegado Maurício Guimarães Soares, do DHPP, antes de atacar o universitário, a dupla tinha feito refém uma mulher dentro do campus.        

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