Justiça Federal condena 19 pessoas que integravam quadrilha de passaportes

A 6ª Vara Criminal da Justiça Federal do Rio de Janeiro condenou 19 pessoas, entre elas agentes da PF (Polícia Federal), que foram denunciados em 2003 acusados de integrar uma quadrilha que falsificava passaportes. As penas variam entre 12 anos e quatro meses de prisão.

  Segundo a denúncia, os suspeitos se passavam por parentes de crianças e mulheres que emigravam ilegalmente para os Estados Unidos. A operação que investigou o bando foi batizada na época de "Planador".

As investigações revelaram que o grupo se dividia em duas quadrilhas. A primeira produzia passaportes e outros documentos falsos visando a emigração ilegal no esquema “Cariocada” (mineiros “viravam” cariocas para ter mais chances de obter visto para os EUA) ou no esquema “Frankenstein" (criação de pessoa fictícia com dados falsos).

A outra quadrilha praticava descaminho de materiais de informática no aeroporto internacional do Rio de Janeiro. Participavam das quadrilhas agentes da Delemaf (Delegacia Marítima, Aérea e de Fronteiras) e de todas as equipes da Deain (Delegacia do Aeroporto Internacional). Além de brasileiros dispostos a emigrar e com dificuldades para obter vistos, os passaportes falsos eram adquiridos por estrangeiros

As apurações da Operação Planador foram um desdobramento da operação Moscou, que prendeu, na capital russa, finlandeses com passaportes brasileiros emitidos pela superintendência fluminense da PF.