Justiça manda demolir casa de ex-governador em Roraima

Justiça manda demolir casa de ex-governador em Roraima

Fonte: Atualizado: sábado, 31 de maio de 2014 às 10:00

O juiz federal de Roraima Helder Girão Barreto determinou a demolição da casa do ex-governador de Roraima e ex-deputado federal Neudo Campos (PP-RR), em Pacaraima (RR). Segundo a sentença, divulgada nesta segunda-feira (17), o imóvel é irregular porque fica a menos de 30 metros da linha de fronteira com a Venezuela.

Campos afirmou ao G1 que vai recorrer da decisão. O caso foi parar na Justiça, em 2007, quando o Ministério Público recebeu um comunicado do governo da Venezuela denunciando a situação irregular da construção. De acordo com a perícia, a construção está a 18 metros da fronteira. Segundo o processo, a casa – que possui dois andares, quatro quartos, um escritório e uma ampla sala – também invade a área indígena de São Marcos.

Avaliado em cerca de R$ 200 mil, o imóvel está localizado no topo de um morro e serve como casa de campo para a família do ex-governador. Depois de terminados os prazos para recurso, se a decisão se mantiver, Campos terá 60 dias para demolir a casa. Caso não cumpra a determinação, será multado em R$ 10 mil.

O processo apresenta indícios de que Neudo campos teria movido um dos marcos de pedra da fronteira para que a casa ficasse fora da faixa proibida.

O ex-governador negou as acusações e atribuiu a sentença a uma perseguição do juiz federal de Roraima. “Não sou que tenho que provar. Tenho que conversar com meu advogado para ver como é isso. Nessas horas, a gente fica tão indignado”, disse o ex-parlamentar. Campos concorreu novamente ao governo do estado nas eleições de 2010 e perdeu para Anchieta Jr (PSDB).

Em agosto do ano passado, Campos renunciou ao mandato de deputado federal alegando que queria se dedicar à campanha eleitoral. O ex-governador é investigado em mais de 20 inquéritos e ações penais no Supremo Tribunal Federal (STF). Entre as acusações estão peculato, compra de votos e corrupção eleitoral. Com a renúncia, o parlamentar perdeu o foro privilegiado e as ações contra ele foram encaminhadas a instâncias inferiores e, com isso, podem levar mais tempo para a conclusão.

Por: Débora Santos

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