Polaco, ao chegar para depor após ser preso pelo
Gaeco em Eldorado (Foto: Leandro Abreu/G1 MS) A Justiça Federal já sequestrou bens avaliados em aproximadamente R$ 80 milhões do homem apontado pelo órgão como um dos maiores contrabandistas de cigarro do país, Alcides Carlos Grejianim, conhecido como Polaco. A informação é do juiz da 3ª Vara Federal de Mato Grosso do Sul, Odilon de Oliveira.
Polaco foi preso na última quarta-feira (23), em uma fazenda em Eldorado, município distante 440 quilômetros de Campo Grande. A prisão ocorreu durante a Operação Alvorada Voraz, feita pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) e pelo Grupo de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público Estadual (MPE-MS). Segundo a Justiça Federal, com o dinheiro dos crimes de contrabando, Polaco já teria comprado 11 fazendas na fronteira com o Paraguai. Uma delas tem 2,5 mil hectares e foi avaliada em R$ 25 milhões. Oliveira explica que os bens sequestrados ficam bloqueados e que, após a conclusão do processo, eles podem ser devolvidos ara o dono ou confiscados pela Justiça. Quando os bens são confiscados passam a pertencer ao Estado e podem ser leiloados, explicou o Oliveira.
"Além de condenar os bandidos, confisco o
dinheiro deles', diz juiz (Foto: Tatiane Queiroz)
Ainda segundo o juiz, em fevereiro deste ano, a Justiça arrecadou R$ 7 milhões com a venda de nove mil cabeças de gado que pertenciam a Polaco.
Atualmente, Oliveira é titular da única vara de Mato Grosso do Sul especializada em crimes financeiros e de lavagem de dinheiro proveniente do narcotráfico, com jurisdição sobre todo o estado.
Além de mandar os bandidos para a cadeia, confisco o dinheiro e os bens que eles conseguiram através do crime. Acredito que esse é o maior problema para eles. Quando confiscamos o dinheiro, conseguimos fragilizar o bandido e desarticular o esquema criminoso, afirmou Oliveira ao G1 .
Proteção
O juiz Odilon de Oliveira, é o único que recebe proteção permanente da Polícia Federal dentre os 600 magistrados federais que atuam em varas criminais no país, segundo o a Associação dos Juízes Federais do Brasil (Ajufe).
Oliveira mostra gaveta onde arquiva provas de
ameaças contra ele (Foto: Tatiane Queiroz/ G1 MS) Não tem nem como contar quantas ameaças já recebi. Foram ameças por cartas, bilhetes anônimos, telefonemas e até e-mails, disse o juiz.
Oliveira afirmou ao G1 que arquiva todas os documentos e provas de ameaças contra ele. Essa gaveta é só para isso. Dentro dela guardo cartas, gravações e processos de investigações relacionados às ameaças e planos de morte contra mim, afirmou.
Para garantir a segurança do magistrado, equipes de agentes federais, fortemente armados, escoltam o juiz 24 horas por dia.
Sua avaliação é importante para entregarmos a melhor notícia
O Guiame utiliza cookies e outras tecnologias semelhantes para melhorar a sua experiência acordo com a nossa Politica de privacidade e, ao continuar navegando você concorda com essas condições